VÔOS DE TODOS OS TEMPOS
VÔOS DE TODOS OS TEMPOS
*
Analiso tudo. Se o não compreendo,
aos poucos aprendo, porque nada é mudo...
Sei que não me iludo quando assim vou sendo
pois não mais pretendo, daquilo a que aludo,
*
Do que este veludo que me vai enchendo
Assim que me prendo nas malhas de tudo...
Dispo-me, contudo, do que antes fui vendo
e bem mais me estendo se de mim sacudo
*
O tecido gasto das ideias feitas...
Coisas imperfeitas com que a mim me basto
põem-me no rasto, mesmo rarefeitas,
*
De estradas bem estreitas, céu nada nefasto
onde tudo é casto e as pedras eleitas
Estando insatisfeitas, já nem dão pró gasto.
*
Maria João Brito de Sousa – 22.11.2018 – 11.21h
Imagem retirada daqui