UM CHEIRINHO DE ALECRIM
UM CHEIRINHO DE ALECRIM
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Irei levar-te aquilo que me sobra
Do rubro cravo aceso no meu peito
E o cheirinho a alecrim deste meu jeito
De ser haste que quebra mas não dobra.
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O reencontro que a memória cobra,
Quando me aceitas tal como eu te aceito,
Culminará no tal final perfeito
Que a poesia exige a qualquer obra.
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Sei que ainda te lembras da semente
E esse Amazonas que enlaçava o Tejo
Não desertou do coração da gente
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Que recorda o sabor de um velho beijo;
Quem receia falar de quanto sente
Quando cantá-lo é mais do que um desejo?
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Maria João Brito de Sousa - 15.02.2021 - 15.44h
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Soneto criado para a Antologia Luso-Brasileira "Tanto Mar Entre Nós..."