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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
22
Mar24

DIALOGANDO COM CAMÕES NO SEU QUINGENTÉSIMO ANIVERSÁRIO XXI

Maria João Brito de Sousa

cid simões - as palavras são armas (2).png

Imagem retirada do blog "As Palavras São Armas"

de Cid Simões

*

 

CÁ NESTA BABILÓNIA DONDE MANA

*

Cá nesta Babilónia donde mana

Matéria a quanto mal o mundo cria;

Cá donde o puro Amor não tem valia;

Que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
*


Cá donde o mal se afina, o bem se dana,

E pode mais que a honra a tirania;

Cá donde a errada e cega Monarquia

Cuida que um nome vão a Deus engana;
*


Cá neste labirintho onde a Nobreza,

O Valor e o Saber pedindo vão

Ás portas da Cobiça e da Vileza;
*

Cá neste escuro caos de confusão

Cumprindo o curso estou da natureza.

Vê se me esquecerei de ti, Sião!
*


Luíz de Camões
***


Novas, Senhor, vos trago de Sião

Onde quem pode mais mais vai matando

E de onde os mísseis manam sibilando

Para cumprirem - diz-se - uma missão
*


Mas desta minha humana auscultação,

Dif`rentes novas vos quisera ir dando

E, em vez mísseis, ver por lá sobrando

Medicamentos, plasma e água e pão...
*


Ah, "donde o puro amor não tem valia"

"Às portas da cobiça e da vileza"

Só gritos se ouvem. Gritos de agonia.
*


Novas só estas: morte, horror, tristeza...

Eis a missão na qual Sião porfia

Que assim se orgulha desta guerra acesa.
*

 

Mª João Brito de Sousa

22.03.2024 - 15.00h
***

19
Nov16

GLOSANDO MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE XXI

Maria João Brito de Sousa

sonhos (1).jpg

SONHO ADIADO

 

Sonhei quando dormia um sonho lindo
Sonhei que havia paz, findara a guerra
Que todas as crianças estavam sorrindo
Sonhei não haver fome aqui na terra



Sonhei que todos estavam construindo
Tudo que de melhor a vida encerra
Que os idosos viviam lá sorrindo
Que havia protecção até pra serra



Que os rios tinham água sem sujeira
Que não havia ao povo roubalheira
Que pra todos havia um ordenado



Que todos tinham casa, tinham pão
Sonhei que não havia exploração
Porém, somente foi sonho adiado





MEA
18/11/2016





(R)EVOLUÇÃO

 

"Sonhei quando dormia um sonho lindo"

Que podia tornar-se bem real

Se acordassem os muitos que, dormindo,

Não têm, nem sonhando, um sonho igual;

 

"Sonhei que todos estavam construindo"

As bases de uma paz universal

E que o novo edifício ia subindo,

Crescendo sem parar, na vertical,

 

"Que os rios tinham água sem sujeira",

Que os céus sorriam, livres da poeira

Das cinzas de uma Terra incendiada,

 

"Que todos tinham casa e tinham pão"

E se cumpria, na (r)evolução,

Em pleno, a humana espécie, humanizada!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 18.11.2016 - 18.19h

 

(Imagem retirada do Google)

 

 

 

 

 

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