Maria João Brito de Sousa
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após leitura/processamento
da minha "Segunda Opinião"
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publicado às 16:02
Maria João Brito de Sousa
Eu, fotografada por Abel Simões
DOS ILUSTRES ANTIGOS QUE DEIXARAM
*
Dos ilustres antigos que deixaram
tal nome, que igualou fama à memória,
ficou por luz do tempo a larga história
dos feitos em que mais se assinalaram. *
Se se com cousas destes cotejaram
mil vossas, cada üa tão notória,
vencera a menor delas a mor glória
que eles em tantos anos alcançaram. *
A glória sua foi; ninguém lha tome.
Seguindo cada um vários caminhos,
estátuas levantando no seu Templo. *
Vós, honra portuguesa e dos Coutinhos
ilustre Dom João, com melhor nome
a vós encheis de glória e a nós de exemplo. *
Luíz de Camões
***
Joões conheço alguns, mas Dom não têm
Senão os dons que a todos nós, humanos,
Vão cabendo à nascença e esperam anos
Até que um dia em chamas se incendeiem... *
Coutinhos não conheço. Se provêm,
Ou não, dos mais ilustres dos decanos,
Não sei, Senhor... Ledos são meus enganos
E frágeis as memórias que os retêm. *
Nestas vénias da verve não sou forte:
Admiro os nobres de uma outra nobreza,
Uma em que eu creio , nunca esta do porte *
De quem tem servos pra servi-lo à mesa,
Corcéis de pura raça por transporte
E botins importados de Veneza. *
Mª João Brito de Sousa
01.03.2024 - 13.00h ***
O soneto de Camões foi transcrito do blog Sociedade Perfeita
publicado às 13:45
Maria João Brito de Sousa
PEDRAS NO MEU CAMINHO
Na estrada onde caminho, no meu trilho Há pedras que se soltam na passagem Contudo não me servem de espartilho E prossigo serena na viagem
Delas faço um castelo, sem caixilho, Sem portas, sem janelas, sem ferragem Para que nada seja um empecilho Aos ventos que me trazem nova aragem
E das pedras que sobram orno leiras Onde extasio o olhar de tais canseiras Que ficam das pedras afastar
Pra que não se duvide deixo aviso Neste castelo que é meu paraíso Somente eu poderei pra lá entrar
Maria da Encarnação Alexandre
18/10/2016
UM SONETO, PEDRA A PEDRA
"Na estrada onde caminho, no meu trilho"
Tão solitário, inóspito e selvagem,
Há mil pedras que esculpo e que partilho,
Moldando cada pedra à vossa imagem...
"Delas faço um castelo, sem caixilho,"
Mas deixo sempre aberta uma passagem
Pr´a que possa acender-se algum rastilho
Que faça vislumbrar nova mensagem
"E das pedras que sobram, orno leiras",
Procuro, em vez de estradas, as pedreiras
Em que possa encontrar matéria-prima...
"Pra que não se duvide deixo aviso";
Em cada pedra encontro o que é preciso
Para erguer um castelo em cada cada rima...
Maria João Brito de Sousa - 20.10.2016 - 10.52h
publicado às 11:38