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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
01
Mar24

CONVERSANDO COM CAMÕES NO SEU QUINGENTÉSIMO ANIVERSÁRIO XIV

Maria João Brito de Sousa

1972 (1).jpg

Eu, fotografada por Abel Simões

 

DOS ILUSTRES ANTIGOS QUE DEIXARAM

*

Dos ilustres antigos que deixaram

tal nome, que igualou fama à memória,

ficou por luz do tempo a larga história

dos feitos em que mais se assinalaram.
*


Se se com cousas destes cotejaram

mil vossas, cada üa tão notória,

vencera a menor delas a mor glória

que eles em tantos anos alcançaram.
*


A glória sua foi; ninguém lha tome.

Seguindo cada um vários caminhos,

estátuas levantando no seu Templo.
*


Vós, honra portuguesa e dos Coutinhos

ilustre Dom João, com melhor nome

a vós encheis de glória e a nós de exemplo.
*


Luíz de Camões

***


Joões conheço alguns, mas Dom não têm

Senão os dons que a todos nós, humanos,

Vão cabendo à nascença e esperam anos

Até que um dia em chamas se incendeiem...
*


Coutinhos não conheço. Se provêm,

Ou não, dos mais ilustres dos decanos,

Não sei, Senhor... Ledos são meus enganos

E frágeis as memórias que os retêm.
*


Nestas vénias da verve não sou forte:

Admiro os nobres de uma outra nobreza,

Uma em que eu creio, nunca esta do porte
*


De quem tem servos pra servi-lo à mesa,

Corcéis de pura raça por transporte

E botins importados de Veneza.
*

 

Mª João Brito de Sousa

01.03.2024 - 13.00h
***

 

O soneto de Camões foi transcrito do blog Sociedade Perfeita

09
Dez16

GLOSANDO MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE XIV

Maria João Brito de Sousa

Pedreira - Viana do Alentejo.JPG

 

 

 



PEDRAS NO MEU CAMINHO



Na estrada onde caminho, no meu trilho
Há pedras que se soltam na passagem
Contudo não me servem de espartilho
E prossigo serena na viagem



Delas faço um castelo, sem caixilho,
Sem portas, sem janelas, sem ferragem
Para que nada seja um empecilho 
Aos ventos que me trazem nova aragem



E das pedras que sobram orno leiras 
Onde extasio o olhar de tais canseiras
Que ficam das pedras afastar



Pra que não se duvide deixo aviso
Neste castelo que é meu paraíso 
Somente eu poderei pra lá entrar





Maria da Encarnação Alexandre 


18/10/2016





UM SONETO, PEDRA A PEDRA





"Na estrada onde caminho, no meu trilho"

Tão solitário, inóspito e selvagem,

Há mil pedras que esculpo e que partilho,

Moldando cada pedra à vossa imagem...



"Delas faço um castelo, sem caixilho,"

Mas deixo sempre aberta uma passagem

Pr´a que possa acender-se algum rastilho

Que faça vislumbrar nova mensagem



"E das pedras que sobram, orno leiras",

Procuro, em vez de estradas, as pedreiras

Em que possa encontrar matéria-prima...



"Pra que não se duvide deixo aviso";

Em cada pedra encontro o que é preciso

Para erguer um castelo em cada cada rima...





Maria João Brito de Sousa - 20.10.2016 - 10.52h

 

 

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