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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
16
Nov22

SEM TÍTULO VII

Maria João Brito de Sousa

SUICIDE OF THE PINK WHALE (6).jpg

SEM TÍTULO VII
*

Num verso me quis dar, em versos me fui dando,

Como se em verso amando eu mais pudesse amar,

Ou como se cantar fosse ir-me, a mim, doando

Nunca sabendo quando insistir... ou parar.
*

 

Depois de a mim me achar, quiçá, frutificando

E em tudo me adequando a quanto ousei cantar,

Talvez reflicta o mar, talvez vá naufragando

E vá o mar cantando os versos que eu calar...
*


Se pareço falar de mim, tão só de mim,

Não vos direi que sim, nem vos direi que não,

Mas esta embarcação transmuta-se em jardim
*


E não há espaço em mim para a tripulação

Que dela fez seu chão e nela viu seu fim:

É, afinal, assim que não se embarca em vão.
*


Mª João Brito de Sousa

16.11.2022 - 11.00h
***

Soneto em verso alexandrino com rima dupla (intercalada)

 

26
Fev21

COISAS QUE SÓ EU SEI

Maria João Brito de Sousa

Hotel dos Templários - Tomar, 1972.jpg

COISAS QUE SÓ EU SEI
*

(em verso alexandrino)
*

 

Não canto essoutro amor cantado à exaustão

Que é fruto da paixão que irrompe como a flor

Quando, no seu esplendor, garante a gestação

A cada geração que seduz pra se impor.
*


Cantá-lo por favor, a mim, não me imporão

Que eu moro na canção que eu entender compor

E não ando ao dispor da velha tradição;

Nada faço à traição, nem guardarei rancor
*


Porque é com despudor que afirmo que cantei

Coisas que só eu sei e outras que, não sabendo,

Tentei ir aprendendo assim que aqui cheguei;
*


A Amor nunca neguei, que o vivi no crescendo

Que a vida foi tecendo enquanto o que sonhei

Cá dentro sufoquei. De amar não me arrependo.
*

 

Maria João Brito de Sousa - 26.02.2021 - 11.35h

 

14
Jul18

A MÃO QUE O VERSO CRIA

Maria João Brito de Sousa

A MÃO QUE O VERSO CRIA.jpg

 

A MÃO QUE O VERSO CRIA

*

(Em verso alexandrino com rima encadeada)

*





Vem quase tudo quando um nada já me chega

Disto que não se nega e cresce em descomando

De encantos se encantando ao ver-me assim tão cega

Que bem mais se me apega assim que, cega, abrando.



*

Disto me vou queixando aquando mal sossega

A mão que tudo agrega e que me vai faltando

Quando mais precisando estou da mão que entrega

Que, hoje, tudo delega até sei lá eu quando...



*

Um nada sobraria e tudo, de uma vez,

Sem comos nem porquês caindo à revelia

Do que ela escandiria ao compasso de um mês,



*

Parece-me, talvez, pedir em demasia...

Mas quem impediria o verso, um descortês,

De aninhar-se onde o fez a mão que o verso cria?

*



Maria João Brito de Sousa – 13.07.2018 – 13.11h

*



 

13
Set17

RUAS

Maria João Brito de Sousa

casas em ruinas.jpg

 

(Soneto em verso alexandrino)





Adoro, ao pôr-do-Sol, ver a noite cair

Sobre esta minha rua, esta rua onde moro,

E por sobre a calçada amada ver surgir

Em raios de luar a luz com que a decoro.

 

Amanhã, se acordar, hei-de vê-la a florir!

Há sempre um “se” eu sei, mas nunca, nunca choro,

Tal como nunca sei se irei, ou não, mentir,

Dizendo não pedir, pois nunca nada imploro.

 

Passa a noite a correr. Nem dei por que passasse

Conquanto a sono solto um sonho cavalgasse...

E, quanto à rua amada, amor, vejo-a sem ti,

 

Pois por mais que no sonho ansiosa o procurasse

Não mais vi, nesta rua, abrigo que abrigasse...

Rua da qual gostasse, amor, não mais a vi.

 

 

Maria João Brito de Sousa – 12.09.2017 – 08.29h







 

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