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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
22
Out10

O RIGOR COM QUE JULGAS TEUS IGUAIS...

Maria João Brito de Sousa

Eu não te estendo a mão; estendo os poemas

Que tu tentas fazer, mas não consegues

E digo coisas mil que mal percebes

Mas que englobam, também, os teus problemas.


Julgas que sou pedinte e sou apenas

Quem te vai dando mais do que o que pedes

Pois também tu pediste – não o negues!

Por horas menos árduas, mais serenas…


Sabes lá que trabalhos e que esforços

Fazem de mim quem sou, embora tu,

Te atrevas a jurar que fazes mais…


Mas sei que, lá no fundo, tens remorsos;

Revolta-se-te a alma e fica a nu

O rigor com que julgas teus iguais…

 

 


Maria João Brito de Sousa

 

 

NA FOTO - Eu, ao colo da avó Lylice, o avô poeta e a minha mãe, com a Paloma ao colo.

10
Mai10

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA VII [ou VIII?]

Maria João Brito de Sousa

 

PAIDEIA

 

 

Ar, água, terra e fogo, entreteceram

O teu grandioso corpo e, na verdade,

Tu não surgiste isento da vontade

De que tantos de nós já se esqueceram.

 

Pequenos grãos de vida em ti cresceram

Na absurda insensatez de quem te invade,

De quem te pinta, ó mundo cor de jade,

Do sol dessas manhãs que te aqueceram…

 

Eu não te sei explicar, mas sei sentir-te!

Eu sei sentir-te em mim e, se me sentes,

Ó meu planeta Terra, ó cais de areia,

 

És mais “eu” do que eu mesma! Vou pedir-te

Que digas a verdade. Se me mentes,

Sou eu que minto à minha própria ideia…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 07.05.2010

 

 

 

 

UMA ERVINHA NO CANTEIRO DO JARDIM

 

 

De quanto grão de mundo existe em mim

Em átomos pulsantes de energia,

Eu serei sempre a soma do meu fim

Com o raio de sol que me aquecia…

 

Em verdade te digo; ser assim

Jamais me decepciona ou contraria.

Não mais do que uma haste de alecrim,

Nem menos do que a própria fantasia…

 

Se te pareço estranha – e sei que sim! –

Espera um pouquinho mais porque a alegria

Está quase a despontar e, qualquer dia,

 

Terás visto, na terra do jardim,

Uma ervita do campo que subia

Mais alto do que a flor do teu jasmim…

 

 

Maria João Brito de Sousa

08.05.2010 – 17.53h

 

 

COORDENADAS PARA UM ARCO-ÍRIS

 

 

Ao longe, um arco-íris. Se o alcanço,

Se lhe provo o sabor – que apetecível… –

Se um dia me aproximo e, nesse avanço,

O tocar e ele estiver `inda visível…

 

Porém se, tanto passo e tal balanço

Provar que é realmente inatingível,

Mostrar que, trabalhando sem descanso,

Mesmo assim, alcançá-lo é impossível,

 

Eu ficarei mais perto um tudo-nada…

Talvez quando eu estiver menos cansada,

Talvez quando ele mudar de posição…

 

É sempre uma questão de persistência,

De nunca desistir porque a aparência

Nem sempre corresponde à situação…

 

 

Maria João Brito de Sousa

08.05.2010 – 17.23h

 

 

 

IMAGEM - A TECEDEIRA DE BARCAS, Maria João Brito de Sousa,

Pastel de Óleo sobre Fabriano montado em tela

 

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