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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
24
Dez23

O FILHO DO HOMEM

Maria João Brito de Sousa

O FILHO DO HOMEM.jpeg

 

 

 

110x85cm

 

 PRESÉPIO

 

 

É por dentro de mim que chego a Deus,

É por dentro de mim, eu sei-o bem,

Que todos os natais vou pelos céus

Visitar o Menino de Belém.

 

 

Nunca o disse a ninguém, pois há segredos

Que devemos guardar dentro de nós

E há sempre quem duvide, ou tenha medo,

De uma mulher com asas de albatroz,

 

 

Mas da estranha viagem, que só faço

Se a estrela de Belém me der boleia,

Fica o registo, do divino traço:

 

 

Nascem raios de luz no meu regaço

E há anjos a cantar a noite inteira

Ao menino que dorme nos meus braços.

 *

 

 

Maria João Brito de Sousa - 20.01.2008

 

 

15
Out09

MEMÓRIA DESCRITIVA II

Maria João Brito de Sousa

 

Aquele aspecto estranho e desconforme,

Aquele face magra e enrugada,

Aquele rictus de quem vive enjoada

Da vida que parece sempre enorme…

 

Aquelas mãos de dedos calejados,

Retorcidos do muito que fizeram,

Os olhos afundados que lhe deram

Os dias e as noites descuidados.

 

Aquele estar ali e nunca estar

Aonde o corpo fica a descansar,

Porque a mente descansa noutro espaço,

 

Aquela imprecisão de só sonhar,

Aquela estranha forma de falar,

De ser a própria voz do seu cansaço.

 

Imagem - Tela de Henry Matisse retirada da internet

12
Abr09

PÁSCOAS

Maria João Brito de Sousa

Recordo a nostalgia dos "talvez"

Na clara incompletude dos convénios

E afogo a lucidez de muitos génios

Na minha insustentável pequenez.

 

Senhor que há tantos anos foste a rês

- tantas horas, Senhor, em dois milénios... -

E eu, na solidão dos meus decénios,

Contando o dia-a-dia a cada mês...

 

Reduzo a simbolismos de fachada

A estranha, imensa, sede que me deste?

Ou, mais teimosa ainda, eu sigo em frente?

 

Sei bem que nada sei (ou quase nada...)

E espero o tempo ardente, a hora agreste,

Na absurda condição de ser semente.

 

 

Maria João Brito de Sousa - 12.04.2009

 

 

Imagem retirada da internet 

11
Abr09

O APRENDIZ DE POSEIDON

Maria João Brito de Sousa

Vivia em  grutas fundas e escavadas

Entre as altas falésias, nos rochedos,

E redimia as almas dos seus medos

Desde o cimo das rochas escarpadas…

 

A cada pôr de sol de horas passadas,

Ouvindo as confissões de mil segredos,

Contavam-se-lhe as almas pelos dedos

Que fossem, finalmente, libertadas…

 

Mas era persistente, este aprendiz,

Porque a urgência estava em ser feliz,

Em dar o seu melhor e prosseguir…

 

Nunca, por nunca ser, o desalento

Chegou a perturbar esse talento

No muito que ele ousava conseguir...


Maria João Brito de Sousa

 

Imagem retirada da internet

 

 

 

E VIVA A BRIOSA!

 

E viva a Briosa??? Porquê? Ganhou algum jogo? Bem... se eu fosse de algum clube, seria da Briosa... :) Já me lembro! Ganhou ao Benfica!

 

 

 

 

10
Abr09

ESQUECI-ME DE ME LEMBRAR...

Maria João Brito de Sousa

 

 

Esqueci-me de lembrar que amei assim,

Na meta horizontal do meu sentir…

Lembrei-me de esquecer, sem conseguir,

O que, de tanto amar, sobrou de mim

 

E, neste esquecimento, eu vi-me, enfim,

Como a continuação do meu porvir;

O tempo que eu gastei a perseguir

Essa ideia de amar, de dizer “sim”,

 

Foi tempo que, perdendo, não perdi,

Foi coisa de milénios, de segundos,

Foi coisa de viver para aprender

 

E agora, sabendo que o esqueci,

Meus sonhos mais longínquos e profundos

São os de me lembrar de não esquecer.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 10.04.2009

 

09
Abr09

SEM PLÁGIOS, POR FAVOR!

Maria João Brito de Sousa

Por quantos plágios foram cometidos

E por quantas imagens usurpadas

Divulgo, neste espaço, às três pancadas,

O que agora chegou aos meus ouvidos:

 

Uma marca estrangeira copiou

Esta imagem de marca da Rosinha

E eu que, às vezes, sou boa vizinha,

Sugiro boicotar quem plagiou!

 

Divulgue-se e boicote-se este plágio

Da nossa companheira “copiada”!

Sejamos solidários, sempre unidos!

 

Todos consensuais, neste sufrágio,

Ponhamos a Oilily na bancada

Onde os plagiadores são os arguidos!

 

Este apelo à boa-vontade da blogosfera, chegou-me via http://jonasnuts.blogs.sapo.t/ e diz respeito a uma imagem de marca de uma artesã portuguesa, a Rosa Pomar, que está a ser vítima de plágio.

boycott oilily

 

Apelo a todos os meus amigos e companheiros de blogosfera - e não só... - a que boicotem a marca "OiLily", divulguem a situação nos seus blogs e contactos pessoais e a que visitem o blog da Rosa Pomar http://www.aervilhacorderosa.com/ ou a sua blogshop http://www.aervilhacorderosa.com/shop/ .

Basta de plágios! A todos os níveis...

 

Fotografia retirada do blog da Rosa Pomar, com o postal dela, em baixo, e uma etiqueta da Oilily, em cima.

08
Abr09

AMANHÃ OU DEPOIS...

Maria João Brito de Sousa

Amanhã, ou depois, vos falarei

Das asas de luar de uma partida,

Da estranha luz da Terra-Prometida,

Do menino de luz que eu encontrei.

 

Amanhã, ou depois, vos contarei

Desses longes de luz da minha vida,

Da longa-curta estrada percorrida

[milénios por minutos, que eu bem sei!]

 

Amanhã, ou depois, descreverei

O tempo já sem tempo que recordo

E a voz sem ter voz que então ouvi.

 

Amanhã ou depois… hoje não sei

Se amanhã, ou depois, ainda acordo,

Se amanhã, ou depois, estou por aqui…

 

 

07
Abr09

TUDO É CONFORME

Maria João Brito de Sousa

Amigo, é sempre assim: - tudo é conforme

Os passos que, na vida, vamos dando.

Umas vezes cansados, arquejando,

Quando a distância nos parece enorme…

 

Outras vezes correndo, descuidados,

Pensando: - É já ali, não tarda nada!

Outras, ainda, a nossa caminhada

É tão serena quanto os passos dados…

 

Tudo é conforme aquilo que soubermos

E aquilo que pensamos já saber.

Tudo é conforme aquilo que pudermos…

 

Tudo não é senão o que fizermos

Ao longo do que está por percorrer

Conforme as poucas coisas que entendermos…

 

05
Abr09

O BERÇO

Maria João Brito de Sousa

Sereno e solitário antigo mundo

Do Feto Arbóreo em tramas colossais,

Do tempo em que nem mesmo os animais

Sonhavam existir... mundo fecundo!

 

Sereno antigo mundo em mutação,

Desabrochando em sonhos por sonhar...

Imagino-te - ou ouso recordar? -

Em estranha, absurda, louca comunhão...

 

Cada eclosão, em ti... pura riqueza!

Cada transformação um novo sonho

E cada despertar... um hino à vida!

 

Abarco essa estranhíssima beleza...

Talvez fosses selvático, medonho,

Mas foste tu o berço e a guarida!

 

Imagem retirada da internet - Feto Arbóreo

 

 

04
Abr09

MAR NOSSO

Maria João Brito de Sousa

 

MAR NOSSO

*

Esgotei o mar no mar dos meus sonetos

(ou esgotou-me ele a mim, é o mais certo…)

O mar, lá longe… e fica aqui tão perto

O mais secreto mar dentre os secretos...

 

Esgotou-se o mar em mim… só os desertos

De ondas de areia em estranho desconcerto

Parecem estar em mim que sei, decerto,

As rotas de outros mares e de outros medos.

 

E, no entanto, é mar e será mar

O sangue que me corre nestas veias

Enquanto o tempo o deixa em mim correr.

 

E, entretanto, eu calo o meu cantar

E escuto, ao longe, o canto das sereias

Porque foi desse mar que ousei nascer.

*

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - Abril, 2009

 

 

Navegado para http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

 

 

NOTA - Queiram ter a bondade de descer as "escadinhas", depois de visitarem a Fábrica de Histórias, e ver o Prémio que está à vossa espera no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/

 

 

03
Abr09

COM CABEÇA, TRONCO E MEMBROS...

Maria João Brito de Sousa

Cabeça, tronco e membros? Coisa pouca!

De que serve a cabeça se a não usas?

E membros para quê se te recusas

A usá-los agora? Estarás louca?

 

Cabeça, se regula ou não regula,

Quer-se pr`a ser usada em cada dia.

O tronco, se te dá essa ousadia,

Também se perde, às vezes, noutra gula…

 

E membros… só se forem sempre usados,

Se não andarem tontos, descuidados,

Sem saberem, sequer, o que fazer!

 

Cabeça, tronco e membros… quanto baste!

Que o resto, que te sobra, se não gaste

Nas mil coisas que tens para aprender…

 

Há um Óscar à vossa espera no http://premiosemedalhas.blogs.sapo.pt/ . Vão buscá-lo porque o pobrezinho ficou esquecido durante tanto tempo que deve estar convencido que nem Óscar é... 

02
Abr09

O ESCULTOR

Maria João Brito de Sousa

Talhou dias a escopro e a martelo,

(às noites, foi a pulso que as ergueu…)

E foi chegando aonde concebeu

Dar muito mais beleza ao que era belo.

 

Hoje é rico, famoso e já faz parte

Dos nomes que ninguém deve esquecer

(eu nunca o vi, mas sei que o hei-de ver…)

Entre os que tudo deram pela Arte.

 

Não sei porque vos falo de um escultor…

Esculpi algumas frases sem saber,

Sequer, de quem vos falo, ou porque o faço…

 

Decerto sabereis dizer melhor

De quem falo, porque eu só sei escrever

Palavras que só esculpo enquanto as traço.

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 02.04.2009 - 13.02h

 

 

 

 

Imagem retirada da internet

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