01
Abr09
JANGADA AO MAR DA SALVAÇÃO
Maria João Brito de Sousa
Sei lá se o meu poema prisioneiro
Destes dedos cansados, preguiçosos,
Se rende aos dedos ágeis, pressurosos,
De quem o saiba terminar primeiro?
Se, acaso, vos não soa verdadeiro,
Eu confessar-vos ser dos temerosos,
Dos que - às vezes... - se sentem receosos
Por culpa de um cansaço a tempo inteiro,
Tentem acreditar, porque confesso
Que já nem sei porque razão vos peço
Um pouco de paciência e contenção…
Por dentro do poema é que eu me meço
E, um dia, este poema em que regresso,
Será jangada ao mar-da-salvação…
Maria João Brito de Sousa - 01.04.2009
Imagem retirada da internet