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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
02
Nov17

CONVERSANDO COM MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE -Lisboa, Tejo, Mar e Barra

Maria João Brito de Sousa

ALI...NO CAIS DO SODRÉ

283px-Forte_de_sao_juliao_da_barra2.jpg

 

 ALI... NO CAIS DO SODRÉ

 

Ali onde o Tejo parecendo o mar

Vem bem de mansinho encostar-se no cais

E em sua dormência fica a suspirar

Aos pés de Lisboa seus factos reais

 

Com doces meneios a quer abraçar

Faz juras de amor, dizendo que jamais

Em dia de sol ou noite sem luar

Deixará de vir murmurar-lhe seus ais

 

E ela enamorada vem cantar-lhe um fado

Num doce clamor num tom apaixonado

E com ar brejeiro vai mostrando o pé

 

E o Tejo promete,que num gesto eterno

Virá sempre dar-lhe aquele abraço terno

Ali, bem juntinhos, no Cais do Sodré

 

 

MEA

1/11/2017

******************************


AQUI, NA BARRA

 

Aqui, onde o Tejo, deixando pr`a trás

Todo o manso espanto que o prende à cidade

E, avançando sempre, às ondas se faz

Deste mar imenso e, tenso, o invade

 

Sem medos, nem freios, ainda que em paz

O mar o receba – que o Tejo é saudade

que o mar nunca esquece por não ser capaz -

Num fraterno abraço, sem qualquer maldade,

 

Só mesmo as gaivotas se fazem ouvir

Mais alto que as ondas do mar que, a rugir,

Com elas faz coro e desgarra, desgarra...

 

Ouvindo o seu coro, não sei senão ir

Atrás desse som que não sei produzir,

Mas que ecoa em mim e por toda esta Barra!

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 01.11.2017 – 16.44h

 

(Portuguesa, natural de Oeiras e S. Julião da Barra)

 

 

03
Fev16

O ESTUÁRIO II

Maria João Brito de Sousa

Tejo e Mar.jpg

Soneto nascido muito apressadamente na sequência do poema "Parava o Tempo", de Felismina Costa.

 

Permito-me transcrever os versos do poema que vieram a sugerir-me esta resposta;

 

..."... A sul, o rio correndo, é prata agora

E beija a cidade, enamorado…

Numa preguiça, numa dolência,

de quem sabe ter chegado! "...

 

 

O ESTUÁRIO II

 

 

Assim que chega à foz, o manso Tejo

Pressente o mar imenso, avança, então,

E, nessa correria, eu quase invejo

O abraço que, por fim, os dois darão...

 

Aí cresci, aí, onde os cortejo,

Nesse ponto onde os dois se encontrarão,

Na foz, nesse estuário em que revejo

Mil horas de infantil contemplação...

 

E enfrentam-se esses dois, que já mal vejo,

Num rude amplexo, em plena transgressão,

Onde há espumas e vagas, de sobejo,

 

Porque onde um quer passar, outro diz: - Não!

Mas passa o Tejo a mar num louco beijo

E o mar adentra um Tejo em convulsão...

 

 

Maria João Brito de Sousa - 28.01.2016 - 19.25h

 

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