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Jul11
OUTRO MISTÉRIO DE LISBOA
Maria João Brito de Sousa
Sou do Tejo no abraço em que Lisboa
Se dá ao mar e, desse mar, reclama
Esse amplexo ideal, que não magoa,
Que nasce do poema, quando a chama
Virei dessa atracção sem raciocínio
Com que ela seduziu um mar vadio
E nascerei, também, do seu fascínio
Sempre que à noite a canto à beira rio…
Esta minha cidade é como eu sou,
Tem a mesma magia em que me dou
Nos versos que lhe escrevo em cada dia…
Mistérios não se devem desvendar
Mas sei que a cada abraço do seu mar
Reinventa o mesmo amor que a principia…
Maria João Brito de Sousa