A ÉTICA DA CRISE...
Perdão… dá-me licença que o assalte?
Passe o dinheiro todo, por favor,
E queira desculpar-me, meu senhor,
Não vá ser esse pouco o que lhe falte…
Mas, se me der licença, eu explico já
A causa deste roubo que aqui faço
E sela-se este assalto num abraço
Porque é nisto que a crise, às vezes, dá…
Acontece eu estar “liso” e ter dois filhos,
Por isso aqui me vê, nestes sarilhos
Que me irá desculpar porque entendeu
Que a crise toca a todos, meu amigo…
E desculpe-me lá se o pus em perigo!
Com muito amor; este Assaltante seu…
21.00h – 08.02.2011 – M. João Brito de Sousa
NOTA – Eu tinha – tinha mesmo! – um Soneto Clássico, sem a menor imperfeição formal e de conteúdo menos… “popular”, prontinho para publicar… mas não resisti a postar este, escrito num jacto, entre a gargalhada e a lágrima. Queiram ter a bondade de entender…