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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
05
Jan25

SONETO -6

Maria João Brito de Sousa

A_melancholic_scene_depicting_a_middle-aged_woman_.jpg

Imagem gerada/processada 

pelo ChatGTP

*

SONETO - 6
*

 

Pedem-me uma carta, uma carta de amor

Que eu saiba de cor sem dela estar já farta...

De três se me aparta a memória em torpor:

Só me trazem dor e temem que as reparta
*


Sigo para a quarta. Não lhe encontro ardor

E a quinta é pior: vem de seda e de marta

Mas como a lagarta, rói, não tem valor

Seja pra quem for... Pró raio que a parta!
*


Muito se descarta quando se procura

Uma tessitura que de tão vulgar

Se pode ir buscar em qualquer altura
*


Mas que, porventura, pode não se achar

Em nenhum lugar... E o que me assegura

Que a antiga amargura me não vá magoar?
*

 

Mª João Brito de Sousa

05.01.2025 - 23.00h
***

 

 

 

01
Dez24

SONETO -5

Maria João Brito de Sousa

Flores - Carlos Ricardo (1).jpg

Fotografia de Carlos Ricardo

*


SONETO -5
*


A Terra roda e todos nós rodando

Passamos pela Vida. Uns, apressados

E outros a vacilar, quase parados

Que os anos percorrido vão pesando...
*


Curioso é perceber que até travando

Rodamos sem parar, somos levados

Não creio que pr` Além sermos julgados,

Mas porque Aqui nos fomos desgastando...
*


Passe o tempo que passe até à meta

Passámos, nesse tempo, a vida inteira,

Que é sempre assim que a Viagem se completa...
*


Ninguém, ao Tempo, toma a dianteira:

Tão velozmente corre o grande atleta

Quanto o que aguarda imóvel na cadeira.
*


Mª João Brito de Sousa

01.12.2024 - 14.00h
*

Sonetos da Contagem Decrescente
***

 

 

29
Nov24

SONETO -4

Maria João Brito de Sousa

the prince and the fox pint  copy (1).jpg

Imagem Pinterest

*

SONETO - 4
*


Morou no meu olhar há muitos anos...

Não sei por que partiu mas foi-se embora

Sem dar aviso nem causar-me danos

Quando entendeu chegada a sua hora
*


Na mala levou risos, desenganos

E aquela lucidez que o enamora...

Mas nunca mais voltou, cobriu de panos

Olhos e rosto. Jura que não chora!
*


Quanto a mim, fugaz pouso do seu brilho,

Vi-o partir como quem olha um filho

Que sempre soube não lhe pertencer
*


Morou-me no olhar? Morou em mim,

Mas todas as viagens têm fim

E - enfim! - é mesmo assim. Ou tem de ser.
*

 

Mª João Brito de Sousa

29.11.2024 - 22.00h
***

Sonetos da Contagem Decrescente
***

 

28
Nov24

SONETO -3

Maria João Brito de Sousa

Swparaçao Edvard Munch.jpg

"SEPARAÇÃO", Edvard Munch

*

SONETO - 3
*


Se te propões vestir a cota em malha

E se a espada poliste, precavido,

Dá atenção ao escudo: se esquecido

Não te irá proteger desta batalha...
*


Os pontos (IR)radiantes da metralha

Matar-te-ão muito antes que o ouvido

Os tenha detectado e deles fugido

E um míssel, meu amigo, nunca falha!
*


Se a hora finalmente se aproxima

E tudo o que te resta é a paixão

Ou o rancor por quem os teus dizima
*


Sobe à garupa do teu alazão

E uiva ou ruge a raiva que te mina

Pra que não morras sem dizer-lhe - Não!
*

 

28.11.2024

Mª João Brito de Sousa
***


Sonetos da Contagem Decrescente
***

20
Nov24

SONETO -1

Maria João Brito de Sousa

Telaa de Luís Rodrigues - Novembro 2024 acrílico e folha de Ouro (1).jpg

Tela de Luís Rodrigues

*

SONETO -1
*

 

Não sei se terei forças pró fazer,

Mas tentarei partir como quem planta

Um cravo por abrir na terra santa

Onde, ao desabrochar, passou a ser
*


Não sei se terei voz para o dizer

Mas tentarei cantar como quem canta

Com risos ou revoltas na garganta

Aquilo que sentir e que souber
*


Que assim caminham vidas e mais vidas

Até, já desgastadas, se apagarem

E pela terra serem consumidas
*

 

Mas se eu chorar plos vivos que ficarem

À mercê de tiranos genocidas,

Que o saiba quem me ouvir: é pra que os parem!
*

 

Mª João Brito de Sousa

20.11.2024 - 20.30h
***

 

 

Sonetos da Contagem Decrescente

 

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