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Abr10
POETA, VIDA E OBRA
Maria João Brito de Sousa
Não separes a vida de um poeta
Do poeta que vive a sua vida
Pois todo o seu percurso se completa
Em sequência causal, sempre incontida.
Se entendes que é inútil, incorrecta,
O erro será teu. Ela é cumprida
Até ao fim da página secreta
Do livro dessa sua intensa lida.
Não separes os dois. Não os separes,
Se acaso te passar pela cabeça
Vir a julgar o quanto sente e exprime.
Poeta, vida e obra… se os julgares,
Repara que ele, sem medo, se confessa
Quando uma insana culpa, a ti, te oprime…