17
Mai21
SONETO DE ALTO RISCO
Maria João Brito de Sousa
SONETO DE ALTO RISCO
(Em verso eneassilábico)
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Trago a louca impudícia das horas
A tanger-me, em violinos traídos,
A inocência das aves canoras
Sobre arames farpados floridos.
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Uso abismos sem fim como escoras
Dos mais altos castelos erguidos
Aos dilemas dos bagos de amoras;
Meus troféus são corsários vencidos!
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Conquistei terra e mar aos meus medos,
Moldei estátuas com chamas de velas,
Dediquei-me a estudar os segredos
*
Dos abismos do mito em desnorte...
Encontrando maleita ou sequelas,
Proporciono, ora a cura, ora a morte!
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Maria João Brito de Sousa – 26.11.2012 – 21.47h