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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
23
Dez24

QUE MAL, SE ME ALIVIA?

Maria João Brito de Sousa

Clouds pint copy.jpg

Imagem Pinterest

*

QUE MAL, SE ME ALIVIA?
*


Ao fundo há um rapaz que canta, canta, canta,

E me embala e me encanta até que fique em paz

Com quanto vem atrás. Não, não sou essa santa

Que sempre se suplanta e de tudo é capaz
*


Sou a que a lhe subjaz e, às vezes, pinta a manta:

Transmuto-me e sou planta assim que Amor me traz

Num pequeno cabaz, um não sei quê que espanta

Por ser tão pouca - ou tanta? - a visão que me apraz...
*


Talvez seja incapaz, talvez seja excessiva

Mas se aspiro a estar viva e alcanço um novo dia,

Presumo que a avaria ou mesmo a recidiva
*

 

Destrua esta cativa e assuma que a recria...

Que importa se utopia ou céu que se me esquiva,

Ou louca, ou fugitiva... que Mal, se me alivia?
*

 

Mª João Brito de Sousa

22.12.2024 - 23.45h
***

Soneto em verso alexandrino com rima duplamente entrançada

12
Jun20

ESTRANHAS VOLTAS DA VIDA

Maria João Brito de Sousa


ESTRANHAS VOLTAS DA VIDA

*

 

(Soneto em verso alexandrino)

*

"E entardeço na luz que me vem do carinho"

Desmaio sob o sol erguendo-me a seguir,

Cubro os passos que dei de mel e rosmaninho

E expando-me depois, mas sem de mim sair.

*

Sempre que um passo dou, desconstruo o caminho

Mas dou um passo atrás para o reconstruir

Que isto de ser-se só, de se escrever sozinho

Ganha pernas pr`andar se se souber fruir.
*

Entre uma volta e outra há passos não perdidos

Enquanto os dias são contados ou medidos

Até que finde o tempo o espaço a caminhada.
*

Vai sendo muito longa a minha curta estrada

Por três vezes cortada em todos os sentidos;

Pra retomá-la dei três passos revertidos.


*

 

Maria João Brito de Sousa - 12.06.2020 - 11.59h

 

NOTA - Soneto criado a partir de um verso alexandrino de MEA (Maria da Encarnação Alexandre)

 

Foi-me impossível fazer download de imagem

10
Jul18

FRUTOS DA TERRA E DO MAR

Maria João Brito de Sousa

PAUL CÉZANNE.jpg

 

FRUTOS DA TERRA E DO MAR





(Soneto Alexandrino)



Num verso me quis dar, versos fui semeando,

Como se ao verso amando, eu mais pudesse amar,

Ou se isto de criar fosse como ir podando,

Sem saber até quando, hastes de algum pomar



Que vai frutificando onde, em verso, brotar

Pronto pr` amadurar, o que eu estava buscando...

Se o sonhei, foi sonhando outra forma de estar

Que acabei por murchar. E o verso... medrando.



Quando em sal, marinando, esse fruto é do mar.

Que me importa o lugar se lá chego nadando

E só mesmo salgando eu o sei preservar,



Ou talvez devorar, a mim me preservando?

Qual de nós vai sobrando a nós dois, se eu pensar;

Eu, ou ele a medrar? Ele, ou eu... definhando?



 

Maria João Brito de Sousa – 09.07.1018 -20.04h

 

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