SONETO -7
Imagem gerada pelo ChatGTP
na seqência da leitura/processamento
do soneto abaixo
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SONETO -7
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De quanto de ti quis, nada encontrei
Por mais que me inventasse e distorcesse:
Foi de cardos o leito em que te amei
Muito embora de amor o preenchesse
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Ergui-te nas bandeiras que empunhei,
Chamei-te meu, gravei-te numa prece,
Esculpi-te em pedra e em pó me transformei,
Fui nuvem sobre um dia que amanhece...
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Foste o mosto do vinho que pisei,
O fio da manta que o meu corpo aquece
E, em tempos, foste tudo o que sonhei:
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Do trigo, foste a espiga que se of`rece
Pra ser o pão que em mim levedarei
Num mundo que não mais me reconhece.
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Mª João Brito de Sousa
06.01.2025- 20.00h
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