Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Por que fomes passaste, companheiro Feito de pó de estrelas como eu? Que sede insaciável te bebeu Sonho, sangue e suor do corpo inteiro?
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Por que alto mastro ou por que chão rasteiro Passaste a vida que te anoiteceu Enquanto um velho sonho te prendeu À pulsão de ir ao mar sem ter veleiro?
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Assim te vejo. Assim me aconteceu, Velho ou menino, casado ou solteiro, Lembrar-te ou inventar-te enquanto réu
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De imaginário tribunal costeiro, Entre barcas com velas azul-céu E ondas moldadas em rodas de oleiro.