QUINZE VERSOS DE PÉ SOBRE A ARENA
QUINZE VERSOS
DE PÉ SOBRE A ARENA
*
Talvez tua assumida f`licidade
Dependa só de ti... mas tenho pena
Que uma felicidade tão pequena
Te baste enquanto houver desigualdade
*
E a tantos for faltando a saciedade,
Ou tecto que lhes torne a vida amena...
Mas oiço ainda a tua voz serena,
Convicta de que diz toda a verdade,
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Até que paro o filme e se me evade
Um soneto magoado que me acena
Pedindo voz, clamando identidade...
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Se destes versos, nenhum te condena,
Aqui te deixo estoutra (ir)realidade;
Há quinze versos, de pé, sobre a arena
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Dos que não perdem, nunca, a dignidade!
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Mª João Brito de Sousa
11.09.2023 - 21.40h
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(Soneto de Coda ou Estrambote)
Tela de Cândido Portinari