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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
25
Fev17

GLOSANDO MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE XLII

Maria João Brito de Sousa

Picasso - Mulher Grávida.txt

 

HÁ PALAVRAS QUE BAILAM NOS MEUS DEDOS

 

Há palavras que bailam nos meus dedos

E que zombam de mim, deste cansaço

Fazendo dos meus dedos seus brinquedos

Enquanto eles repousam no regaço

 

Vão juntinhas contando-lhes segredos

Pra que ao ouvi-los sintam embaraço

E plo papel se percam em enredos

Olvidando a fadiga em que me amasso

 

E devagar, em esforço cresce o verso

Ora algo indolente ora algo disperso

Troçando dos meus dedos vagarosos

 

Vai adquirindo forma de poema

Feito com as palavras de algum tema

E os versos, que cresceram rigorosos

 

MEA

24/02/2017

*********

 

O EMBRIÃO

 

 

"Há palavras que bailam nos meus dedos"

Seguindo a pulsação das próprias veias,

Compondo, ou recriando os seus folguedos,

Conforme a mente vai moldando ideias.

 

"Vão juntinhas contando-lhes segredos",

Arrancando e limpando as velhas teias

Que escondem, ou mascaram quantos medos

Possam vergá-las de quebranto, ou peias

 

"E devagar, em esforço, nasce o verso",

Como se em carne houvesse o próprio berço

E em sangue urdisse a própria concepção.

 

"Vai adquirindo forma de poema",

Quando a razão brindar cada fonema

Com todas as razões que há na paixão.

 

 

Maria João Brito de Sousa - 25.02.2017 - 11.44h

 

 

"Mulher Grávida" - Escultura de Pablo Picasso

 

 

17
Fev10

SÁBADO, DOMINGO... TERÇA E QUARTA FEIRA

Maria João Brito de Sousa

Meus amigos,

 

No final destes sonetos que hoje dedico aos meus amigos de quatro patas e penas, deixo-vos alguns links que permitirão a vossa entrada na Academia Virtual de Poetas e Escritores, de que passei a ser membro desde o dia de hoje, por amável convite da Presidente Fundadora, a poetisa Efigênia Coutinho.

É com muita honra que aceito fazer parte deste maravilhoso grupo de Poetas e Escritores Lusófonos.

Um enorme abraço para todos vós!

 

 

O REINO DA ETERNA PRIMAVERA

 

 

Se um dia eu tiver fome… eu terei fome,

Mas “Eles” só a terão depois de mim!

Eu distribuo o pão até ao fim

Por estes que me sabem mais que o nome.

 

Esta norma absoluta, urgente, enorme,

Faz com que tudo seja sempre assim

No reino onde semeio o meu jardim,

Onde nasce o poema e o corpo dorme…

 

E tanto falta! Tanto vai faltando,

Que quem por aqui passe e não me entenda

Pode pensar que só a fome impera…

 

Mas tanto afecto a nós nos vai sobrando,

Quanto amor nasce assim, sem encomenda,

Neste reino onde sempre é Primavera!

 

 

 AQUILO QUE NUNCA MUDA

 

 

Serei sempre obstinada em meus afectos!

Aquilo em que acredito, nunca muda

E não há teoria que me iluda

No que toca aos amores que são concretos.

 

Eu amo esta família construída

Sobre alicerces de aço bem temperado

E se algum deles partir, será chorado

E eu ficarei mais pobre nesta vida.

 

São animais, bem sei… são cães, são gatos,

São pombos que deixaram de voar,

São pedaços de mim que a mim voltaram…

 

Não serão nunca meros artefactos,

Nem “peças” que eu usei p`ra descartar

Quando as conveniências mo ditaram…

 

 A MAIS QUERIDA DE TODAS AS MÃES

 

 

Nunca me falta essa ternura mansa

Das horas do carinho e brincadeiras

Em que reinventamos mil maneiras

De mudar a miséria em abastança…

 

Nunca me faltam as cumplicidades

Nem a dedicação de um meigo olhar

Nas horas que dedico a partilhar

Carícias que alimento de verdades…

 

Sorrio, então, feliz! A plenitude

Está nesse eterno amor que não se ilude

Pois é constante ao longo de uma vida…

 

Falo-vos dos meus filhos não-humanos

Que vivendo comigo há tantos anos

Me fazem sentir sempre a “mãe” mais querida.

 

 

 

 

MEMÓRIAS DA ALVORADA DOS MEUS DIAS

 

 

São coisas da alvorada dos meus dias…

Nesse tempo em que andava no liceu

Eu descobri que poucos como eu

Sabiam praticar as teorias…

 

Ah! Todos tinham mil filosofias!

Segundo muito bem me pareceu

Todos sabiam desse Prometeu

Que havia procurado as mais valias…

 

Mas quando questionar-se era punido,

Já “fiava mais fino” e tinham medo,

Abafavam de pronto esses anseios…

 

[Não fosse Zeus, irado, ter prendido

O pobre Prometeu ao tal penedo

Onde concretizou seus mil receios…]

 

 

 

Sonetos dedicados aos meus “filhotes” de pêlo e penas que tanto têm colaborado no meu crescimento e amadurecimento enquanto pessoa. 

http://www.avspe.eti.br/

 

http://www.avspe.eti.br/biografia2010/MariaJoaoBritodeSousa.htm

 

 http://www.avspe.eti.br/indice.htm

 

  http://www.avspe.eti.br/biografia2010/MariaJoaoBritodeSousa.htm                                                                                                                                                                                                                                        

 

 

10
Fev10

A CAUSA

Maria João Brito de Sousa

 

Aqui, no desempenho da missão

Que transcende a humana competência,

Transmutando-me em jogos de paciência,

Eu tento-vos falar da redenção.

 

Por esta causa eu luto com paixão;

Redimo dois mil anos de inclemência

Naquilo que define a minha urgência,

Naquilo que me impõe o coração...

 

Se o que vos digo aqui, vos encaminha

Se um só de vós entende estas razões

E pára, um só segundo, p`ra pensar

 

Nesta causa que é vossa sendo minha,

Terei justificado as mil traições

Dos que me hão-de tentar crucificar...

 

 

 IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

 

 

04
Nov08

O POEMA III

Maria João Brito de Sousa

E SE?
*


E se um verso fosse obra de ninguém,

Se fosse um ser que existe só por si,

Independente, atento ao que escrevi,

Para ver se lhe assenta mal ou bem?
*

Se fosse, cada verso, um novo alguém

Que aspira à vida e que se prende aqui,

Que pressentisse as coisas que eu vivi

E quisesse vivê-las, ele também?
*

Se fossem, estes versos, sopro vivo

De alguém que espera pra tornar-se activo

E que aguarda o momento de embarcar?
*

Se fosse o dar-lhe vida, o dar-lhe voz,

Criar um ser tão vivo como nós

Que só alguns soubessem aceitar?
*


Mª João Brito de Sousa

04.11.2008

24
Out08

O PRAZER, segundo uma Poeta porque Deus quer

Maria João Brito de Sousa

Quando o prazer me chama, eu pinto ou escrevo

E tão feliz me sinto, e satisfeita,

Que me sinto mulher-quase-perfeita

No festivo tecer do meu enlevo!

 

Porque é puro prazer o que descrevo!

Por isso é que eu me sinto como "eleita",

Que eu semeio e partilho esta colheita

Que ofereço a quem quiser. Ao que eu me atrevo!

 

Prazer! Puro prazer, pura alegria,

Colher, de noite, e semear de dia

Palavras como espigas, como pão!

 

Prazer é, para mim, o que aqui faço!

É derrotar a dor do meu cansaço

Enquanto me partilho em comunhão...

 

 

À Ki, porque me recordei dela enquanto escrevia este soneto.

 

Ao Free Style. Porque sim.

 

Tela de René Magritte - imagem retirada da internet

22
Out08

O PASSAR DAS CARAVANAS

Maria João Brito de Sousa

Surgiu-me esta leviana compulsão

De tudo perdoar...até a mim!

A mim, que tanto errei por ser assim

Tão escrava das algemas da razão...

 

E foi crescendo em mim esse perdão,

Como a flor vai crescendo no jardim...

Foi esse tal perdão, que não tem fim,

Quem engendrou a minha decisão:

 

Tranquei-me entre paredes de cristal,

De aonde nunca saio e tudo vejo

Sem nunca saber "como" ou sonhar "quando"...

 

Fiquei a "viajar" nesse local

Onde sonho, construo e me protejo,

Enquanto as caravanas vão passando...

 

 

Ao Vitor porque "nasceu" de uma frase que ele, ontem, utilizou num comentário deste blog.

 

Imagem retirada da internet

21
Out08

OPÇÃO

Maria João Brito de Sousa

 

Não sei de aonde vens. Não sei quem és...

Se dizes o que sentes sem mentir,

Se entendes ou se apenas te quer`s rir

Daquilo que aqui escrevo e que tu lês...

 

Aceito-te como és (ou dizes ser...).

Aceito-te da cor com que te pintas

E, acaso não gostes ou me mintas,

Prefiro nem sequer tentar saber...

 

Eu vejo-te (ou invento-te em imagem?)

E sei que és, afinal, uma miragem

Desfocada do teu original...

 

Mas és um ser humano que me fala

E eu afasto a voz que se me cala

Se temo que me possas tu qu`rer mal...

 

 

 

Imagem enviada por cateespero

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