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Abr21
NÃO VOLTES!
Maria João Brito de Sousa
NÃO VOLTES
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Não voltes, por favor! Na solitude
Que me acompanha enquanto me ilumina,
Reconstruí-me, enfim, velha menina
De astros embriagada... e quietude.
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Ignoro a latitude ou longitude
Desta alma sedentária e peregrina;
Sei lá se subo ou desço!? A minha sina
Firmou-se ao confirmar-te a finitude.
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O café, que não bebo, sabe agora
Às coisas que conquisto ou que supero,
Mas me seduzem. Sou a que namora
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O ritmo inebriante de um bolero
Que (re)nasceu assim que foste embora;
Não voltes por favor. Já não te quero!
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Maria João Brito de Sousa - 12.04.2021 - 10.08h
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Na sequência de um texto poético do Senhor das Nuvens
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Imagem - Isadora Duncan
