Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
29
Nov16

GLOSANDO MATOS SERRA IV

Maria João Brito de Sousa

eurodisney-532736_960_720.jpg

 

AMOR, RAZÃO, JUSTIÇA E PAZ.



Eu queria libertar a minha ‘sperança…
acreditar no mundo que há-de vir,
queria querer, antever e pressentir
um mundo de razão e confiança…



Queria afastar de mim a má lembrança
para poder dizê-lo sem mentir…
que creio no presente e no porvir
e que s’esperam tempos de bonança.



Pudesse olhar o mundo num sorriso…
Dizer que estava a ver o paraíso…
p’ra lá de ser cretino eu era audaz



Mas…posso eu acaso… em consciência
dum mundo aonde impera a violência
‘sperar amor, razão, justiça e paz ?...



Matos Serra

*





SONETO DA MADURA IDADE



"Eu queria libertar a minha `sperança",

Deixar de duvidar, ter só certezas,

Morar dentro de um sonho, entre princesas,

Elfos e fadas. Velha, mas criança!



"Queria afastar de mim a má lembrança"

De algumas, ou de todas as tristezas

E exp`rimentar as glórias das burguesas

Diante da conquista da abastança.



"Pudesse olhar o mundo num sorriso"

E - posso garantir! - perdera o siso,

Bem como o que em bom-senso me traduz,



"Mas... posso eu acaso... em consciência"

Ansiar pelas trevas da demência,

Quando, por fim, vislumbro alguma luz?







Maria João Brito de Sousa - 28.11.2016 -19.36h

 

 

19
Out16

GLOSANDO O POETA MATOS SERRA

Maria João Brito de Sousa

RAIZ.jpg

 

 



ANSEIOS DE LIBERDADE (II)

 

 

Quem me dera ser livre como o vento
que circula p’las faldas da montanha…
subir, pela razão, ao firmamento.
E que a minha visão fosse tamanha…



que pudesse dotar-me o pensamento
da força e da vontade que acompanha,
que permite, sustenta e dá alento
como a um bom soldado na campanha!...



Que o ser humano é livre p’lo saber,
p’lo querer, pela razão, pela vontade
e p’la capacidade em descernir…



É pela consonância do meu ser
com os livres caminhos da verdade
que, eu, livre… traço o plano ao meu agir.



Matos Serra





SER LIVRE





"Quem me dera ser livre como o vento"

Que sopra por soprar, não recuando,

E apenas suave sopro e lento, lento,

Me roçasse ao de leve, de tão brando



"Que pudesse dotar-me o pensamento"

De sopro tal que, nunca me domando,

Engenho me insuflasse e mais talento

Ao pouco que em talento vos vou dando...

 

"Que o ser humano é livre pl`o saber",

Se no saber confia e, não vergando,

O expressa na palavra e nas acções...

 

"É pela consonância do meu ser"

Que, mais e mais, me irei consolidando,

(Re)construída desde as fundações...

 

 

Maria João Brito de Sousa - 05.0.2016 - 12.22h

 

13
Ago16

GLOSANDO O POETA MATOS SERRA

Maria João Brito de Sousa

ninhonatural.jpg

 

 

QUEM ME DERA, AMOR.

Quem me dera que eu fosse a primavera,
teu campo colorido e sem entraves…
e nele um manso rio de ternas naves,
sempre alegre, e feliz, à tua espera.

 

Que eu fosse a primavera… quem me dera!...
Ter sempre manhãs limpas e suaves…
com brisas, muitas flores e cantos de aves,
projeção da minh’alma tão sincera!...

 

Se eu fosse a primavera, meu amor…
em cada dia dar-te a graça de uma flor,
como a papoila, alegre, dos trigais!...

 

No leito deste rio do meu carinho
atapetava em ‘sp’rança o teu caminho
p’ra não te ver triste nunca mais!...

 

 

Matos Serra in, Imaginadas Metamorfoses.

 

 

SE EU FOSSE A PRIMAVERA...

 

 

"Quem me dera que eu fosse a primavera"

Que amadurece até tornar-se V`rão

E toda fruto e só maturação

De espanto, de razão, de sonho e espera...

 

"Que eu fosse a primavera... quem me dera!.."

No crescendo do fruto, em suspensão,

Poder manter-me em flor sem mais razão

Do que a da floração, se assim pudera...

 

"Se eu fosse a primavera, meu amor",

Rasgando sobre a terra um mar de cor

Com estro de escultor cinzelaria

 

"No leito deste rio do meu carinho",

A cada novo dia, um terno ninho

Sobre o qual, por amor, te deitaria.

 

 

Maria João Brito de Sousa - 03.07.2016 - 13.46h

 

 

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!