Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Porque errar é humano e veícular um erro é próprio dos idiotas, vou tentar redimir uma
tremenda "gralha" que cometi no post anterior.
Mas a errar é que se aprende e, embora tenha uma costelazinha de pedagoga-de-trazer-por-casa, sei que todos os dias estou a aprender. Hoje, por exemplo, aprendi que não devo confiar nos meus arroubos de espontaneísta quando estou a tentar ensinar alguma coisa...
Com efeito, emendei, sem qualquer pudor o verso que utilizei para dar um exemplo da correcta metrificação e se não fosse o Versos chamar-me à atenção, o erro andaria a criar raízes por aí... e isso é, realmente, GRAVE! Mea culpa.
Segue a transcrição FIEL do soneto, com o referido verso em maiúsculas.
PALINGENÉSIA
*
Morrendo recordei alheias vidas
E, desse auto-de-fé que me levou,
Ficou-me esta ilusão de ser quem sou...
Vieram-me ambições tão desmedidas
*
Que até as noites choram, desprovidas
Da condição de sono que as gerou
E as horas que lhes roubo e que vos dou
Descrevem-me outras horas já vividas,
Palavras de outro alguém que mas ditou.
Desconheço a razão destas partidas,
Mas este apelo urgente que ficou
Faz recordar mil páginas já lidas
Por quem alguma vez as visitou
No espaço das palavras prometidas.
Maria joão Brito de Sousa - 05.02.2008
Post Scriptum - Este não reviso... nem que me apontem uma pistola! :)