Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Primeiro poema gentilmente cedido pelo seu autor, o poeta José Manuel Cabrita Neves. *
ACRÓSTICO *
Fui a tristeza, a mágoa, a solidão! Longe da felicidade e da alegria, Ostentei um caminho que sabia, Reverso e controverso de paixão… * Bebendo silenciosa a nostalgia, Enquanto eu era toda adoração, Lia nalguns olhares condenação, A esse amor tão puro que sentia… * Errei pois por amar quem não devia, Seguindo a terna voz do coração, Peregrina fiel duma ilusão, Alimentando a cega idolatria… *
Não creio haver sequer comparação, Com esta minha entrega doentia, Ao dedicar-me inteira ao próprio irmão!... * José Manuel Cabrita Neves *
ACRÓSTICO- RESPOSTA *
Fui, sim, tristeza e mágoa e solidão, Lamento de insondável nostalgia Ornato de candura e poesia, Remate de perfeita (in)confecção *
Bordado a ponto-cruz sobre aflição, Errando, ou não, - conforme a disforia... -, Louca, talvez, pois muito bem sabia A que conduziria tal paixão... *
Estou livre, no entanto - quem diria? - Singrando uma outra estranha imensidão, Passando, sem passar de mão em mão, Adivinhando, agora, o que antes qu`ria *
Não posso responder-te - ó decepção! -, Cuidando, embora, que te respondia... Ah, que te importa? Nunca amaste em vão? *
Maria João Brito de Sousa - 09.02.2016 - 17.21h * Reservados os direitos autorais ***