CONVERSANDO COM JAY WALLACE MOTA
PAIXÃO DE NAMORADOS
Como a chama reclama combustível,
Para manter-se acesa e aquecida,
A paixão, igualmente perecível,
Depende do desejo pra ter vida.
Como a chama, a paixão é suscetível
De extinguir-se depois de consumida,
Mantendo-se, porém, inexaurível,
Se a fonte dos desejos for mantida!
Não a fonte da eterna juventude,
Mas a tal sensação de plenitude
Que completa os casais apaixonados;
Que funde, além dos corpos, nossas almas
Nas chamas da paixão, que, mesmo calmas,
Nos fazem para sempre namorados!
Belém, 12 de junho de 2018.
Jay Wallace Mota.
...* ...
A CHAMA DA AMIZADE
E quando a chama acesa permanece
Cúmplice, humana, atenta e solidária,
Quando por tudo e nada se enternece
E emana uma luzinha igualitária,
Será companheirismo, o que enaltece
Essa luz que julgámos temporária,
Mas que reluz ainda e mais parece
Ter-se tornado humana luminária.
Não explode em grandes brilhos de paixão,
Mas vai-nos garantindo a combustão
Por muito, muito tempo, essa luzinha
Que se acendeu na ponta de um rastilho
E cuja chamazinha, no seu brilho,
Começa a ser tão tua quanto é minha.
Maria João Brito de Sousa – 17.06.2018 – 10.17h