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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
23
Fev24

CONVERSANDO COM CAMÕES NO SEU QUINGENTÉSIMO ANIVERSÁRIO IX

Maria João Brito de Sousa

baleia voadora pinterest (1).jpg

Imagem Pinterest

*

CONVERSANDO COM CAMÕES NO SEU QUINGENTÉSIMO ANIVERSÁRIO IX
*

 

NUNCA EM AMOR DANOU O ATREVIMENTO

*

Nunca em amor danou o atrevimento;

Favorece a Fortuna a ousadia;

Porque sempre a encolhida cobardia

De pedra serve ao livre pensamento.
*


Quem se eleva ao sublime Firmamento,

A Estrela nele encontra que lhe é guia;

Que o bem que encerra em si a fantasia,

São umas ilusões que leva o vento.
*


Abrir-se devem passos à ventura;

Sem si próprio ninguém será ditoso;

Os princípios somente a Sorte os move
*.


Atrever-se é valor e não loucura;

Perderá por cobarde o venturoso

Que vos vê, se os temores não remove.
*


Luiz de Camões

***

Removei, pois, Senhor, vosso temor:

Se me atrevo a convosco conversar

Não posso ao vosso tempo recuar

Mas sempre terei dado o meu melhor
*


Atrevida serei, mas... por favor,

Vede bem que tentei não macular

O verso heroico puro e exemplar,

Em que vos expressais, Mestre e Senhor.
*


Não sei se a vossa estrela alcançarei

Nem se ouvireis aquilo que vos digo,

Mas posso-vos jurar que o tentarei
*


E ainda que tentá-lo seja um p`rigo,

A esse p`rigo nunca o temerei

Se em vós, Senhor, achar um bom amigo
*

 

Mª João Brito de Sousa

23.02.2024 - 11.50h
***

 

O soneto de Camões foi transcrito do blog Sociedade Perfeita

 

12
Jan17

CONVERSANDO COM MARIA DA ENCARNAÇÃO ALEXANDRE IX

Maria João Brito de Sousa

PUZZLE.jpg

 



SAUDADE

 

A saudade chegou quando partiste

E trouxe a solidão gelada e fria

Feita flocos de neve, que persiste

Tornando a madrugada tão sombria

 

 

O luar transportou sentido e triste

O silêncio da voz que se queria

Mas, no sol que nasceu tu me sorriste

Porém de olhos fechados para o dia

 

 

Deixei teu nome esculpido de cobre

Na pedra negra e dura que te encobre

E da enorme paixão que te assolou

 

 

Deixei em bronze um busto de corcel

Sendo o teu companheiro mais fiel

Na memória feliz que me ficou

 

 

MEA

9/01/2016





FRAGMENTO(S)



Tive saudades, sim, que sendo humana

E não tendo, do Tempo, havido tempo

Para o que realmente o Tempo sana,

Em tempos, foi magoado o meu tormento,



Bem como dura a dor que ainda emana

Desta (in)sustentação que é meu sustento

Que quanto mais me of`rece, mais me engana,

Mais me transforma em folha solta ao vento,



Quando aspiro à raiz que, em terra plana,

Sobrevive, teimosa, ao turbulento

Dos sopros com que o vento inda me abana,



Das horas que me morrem num momento,

Dos anos que me fogem, por semana,

Deste jogo em que, inteira, me fragmento...





Maria João Brito de Sousa - 10.01.2017 - 11.08h

 

 

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