28
Jul14
UM SONETO POR GAZA
Maria João Brito de Sousa
(Decassílabo heróico)
Por cada pequenino assassinado,
Por cada ferida aberta ou cada grito
De um povo dia a dia dizimado,
Encurralado, exposto, exangue, aflito,
Por cada obus de fogo ali lançado
Por loucos prepotentes de olho fito
Na criança inocente e sem pecado
Gerada pela carne e não no mito,
Para que o genocida pare enfim
De chacinar sem dó, de destruir
O abrigo improvisado em cada casa,
Um soneto, mais um, vindo de mim,
Para quem, dentre vós, consiga ouvir
Cada grito de horror que ecoa em Gaza.
Maria João Brito de Sousa - 28.07.2014 - 12.13h