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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
02
Ago10

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA XV

Maria João Brito de Sousa

 

FERRUGEM

 

 

Era uma vez um cão, simples rafeiro,

Que foi mais do que um príncipe encantado,

Que foi meu guardião, a tempo inteiro,

Que viveu, dia e noite, a nosso lado.


Um cão de carne e osso, verdadeiro,

Capaz de obedecer sem ser mandado,

Capaz de, abocanhando, ser certeiro

E entregar-me o que fora abocanhado…


Ferrugem, de seu nome, um simples cão

De pelo raso e de porte altaneiro,

Meu conselheiro- o melhor que já tive…-


Dos muitos que me lêem, quais serão

Capazes de entregar-me – sem dinheiro… -,

De forma tão total, quanto em si vive?

 


Maria João Brito de Sousa – 31.07.2010 – 17.33h

 

 

 

SENHOR DO MEU LUAR

 

 

Encontrei-te, senhor do meu luar,

Depois de uma tragédia, sob escombros,

Depois deste naufrágio do meu mar,

Depois desta invenção dos desassombros.


Cerquei-te, meu senhor, do meu cantar,

Tomei as tuas mágoas sobre os ombros

E tudo o que pedi foi um lugar

Que albergasse a razão de tais assombros,


Mas tu, senhor das luas que eu alcanço,

Deixaste, por momentos, que eu esquecesse

Que havia, ainda, espaço pr`a quem sou


E o mesmo naufrágio, num remanso,

Veio chamar-me pr`a que não perdesse

Memória do tal mar que me afogou…

 


Maria João Brito de Sousa – 30.07.2010 – 20.00h

 

 

DEPOIS, SEMPRE DEPOIS...

 

 

Se num dia qualquer, sempre depois

Do dia que por nós foi combinado,

Acontecer juntarmo-nos, os dois,

Falando sobre as coisas do passado…


Se a conversa for longa, se sorrirmos

Lembrando o nosso absurdo e “ledo engano”

E se, apesar de tudo, conseguirmos

Que nada disso cause qualquer dano,


Então – e só então – teremos sido

Amigos de verdade e em verdade

Poderemos dizer que sempre o fomos


Por enquanto o melhor é este olvido

E esta ausência total de uma saudade

Enquanto eu nem sequer souber quem somos.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

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