AMOR E DOR - Epílogo
AMOR E DOR - Epílogo
Pra rematar a saga, Amor consente
Tomar a Dor por esposa e companheira.
Amor, que nunca foi muito prudente,
Não sabe o que é passar a vida inteira
Lado a lado com Dor, que impenitente,
Inflige a Amor insónias e canseira.
Amor está cego e a Dor, sendo inocente,
Nem pode pressupor ter feito asneira.
Deu-se este enlace em tempos tão remotos
Que nem posso evocar que estranhos votos
Uniram para sempre este casal,
Mas garanto que afirmam ser felizes,
Que deram fruto, tiveram petizes
E se amam. Para o bem e para o mal!
Maria João Brito de Sousa – 14.05.2018 – 11.15h
Imagem - AMOR E DOR, Edvard Münch