NASCE, POESIA!
NASCE, POESIA!
*
Porque o que sou
me não cabe nas mãos fechadas,
escorrem-me,
por entre os dedos,
estas sobras
do que recuso transformar
em gesto de troca,
artigo de compra e venda,
alimento, embriaguez, culto, ritual
e que és tu,
Poesia.
*
Divinizam-te,
alguns,
o corpo que não tens
no altar que insistes em não ser,
mas sei-te no cerne de todas as coisas,
escorrendo inevitavelmente
de todos os poros, por todas as frestas,
limpa, lúcida, viva, inexplicada…
*
Cantas,
ainda,
onde a esperança morreu,
ressoas no vácuo, apesar de inaudível,
desdobras-te
em invisibilidades e vislumbres,
acendes-te, sublime,
no temor de cada escuridão.
*
Inútil,
ou não,
Nasce, Poesia!
*
Maria João Brito de Sousa – 11.09.2012 -01.53h
QUEBRANDO REGRAS
*
Sou uma poeta que tenta ser arrumadinha nas suas publicações, daí que tenha criado um blog para sonetos, um para poemas em redondilha maior ou menor e outro ainda para os poemas em verso livre e branco, porém...
dado o afecto que nutro pelo Ilustre Batráquio (Sapo) em cujo território há tantos anos fundei os alicerces desta minha humílima casinha poética, decidi quebrar a regra e trazer a este espaço um poema em verso branco que, a meu ver, celebra às mil maravilhas o
DIA INTERNACIONAL DA POESIA