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Abr21
CRIVO(S) & SENTIDO(S)
Maria João Brito de Sousa
CRIVO(S) & SENTIDO(S)
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Não me apontem sentidos quando vejo
Que sigo um rumo próprio e produtivo
E que vou mais além, se tenho ensejo
De enchê-lo das razões de que me privo
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Quando, num verso, encontro o tal solfejo
E, num soneto o lanço, agreste e vivo!
De assim tão vivo o ver, logo o protejo
Quer passe, quer não passe, pelo crivo
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De quem possa julgar que o não cotejo
- embora em gesto quase intuitivo... -
Enquanto o vou escrevendo, se o desejo
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Como sempre o desejo; sensitivo,
Ritmado - claramente! - e, como o Tejo,
Ousado, impetuoso e compulsivo.
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Maria João Brito de Sousa - 08.09.2016 - 13.48h
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Imagem retirada daqui