Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Convoco-te, poema, em cada verso, Em cada estrofe ainda não tecida, Em cada afirmação, no seu reverso, No sopro que conduz do verbo à vida *
E sempre que comigo, em mim disperso, Te encontro e vou moldando, já rendida, Perder-te-ei depois, depressa imerso Num mar cuja maré me traz perdida... *
Porém, a sensação de, em tempo adverso, Estar presa, acorrentada e sem saída Num barco naufragado e já submerso *
Quando olhada de frente foi vencida Pela mão com que embalo o velho berço Da dor que em cada verso é redimida. *