CONFRONTOS
CONFRONTOS
*
Nascem versos a torto e a direito;
Aonde o dedo pouse, o verso emerge,
Inexplicado, urgente e com defeito,
Ou sem defeito, quando em som converge.
*
De carne, sangue e nervos sendo feito,
De nervos, sangue e carne não diverge
E pulsa-me nas veias que são leito
Do mesmo sangue que este corpo asperge.
*
Nascem-nos versos sem pedir licença;
Virámos costas, demos-lhes dispensa
E, de repente, sem nos darmos conta,
*
Nasceu mais um... mais um que, em rebeldia,
Se impõe, nos contradiz, nos contraria,
Nos conquista a vontade e nos confronta.
*
Maria João Brito de Sousa – 21.08.2018 – 18.50h
Na sequência da leitura do soneto NASCEM VERSOS, de MEA
(escrito à pressa. Pode conter erros ortográficos, sintáticos, métricos ou tipográficos)