CIDADE ENTRE MURALHAS
CIDADE ENTRE MURALHAS
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Está vazia, a cidade entre muralhas...
Vestindo um pálio verde acinzentado,
Espelha agora reflexos e migalhas
Do que era humano, urbano e povoado.
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Há silêncios brotando destas malhas
Pelo homem tecidas no passado;
Hoje, nem um sinal de humanas falhas
Contraria o vazio aqui estampado.
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Suspensa, a vida humana mal murmura,
Mas permanece a esp`rança. Essa perdura
No sonho que entre muros se encerrou.
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Quem sabe quando chega esse amanhã
Que há-de trazer consigo a vida sã
Que todo o homem são sempre sonhou?
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Maria João Brito de Sousa – 05.04.2020 – 19.28h
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Soneto criado ontem para o desafio “Imagem/Poema” do site Horizontes da Poesia.
(muito ligeiramente reformulado)