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Dez16
O CHAMAMENTO
Maria João Brito de Sousa
Por vezes tenho dúvidas. Não sei
Como chamar por Ti. Que nome tens?
Mas sei que, quando chamo, sempre vens
No mesmíssimo instante em que chamei
E se, enquanto chamando, exagerei
Pedindo-te mais graças do que bens,
Dando-me exactamente o que conténs,
Dar-me-ás muito mais que o que almejei…
Se, assim, sem dar-te um nome redutor,
Tu me dás tanta graça e tanto amor
Que, por mais que agradeça, nunca chega,
Eu ser-te-ei leal, mas sem te impor
Um nome sem valor – seja qual for! –
Porquanto não tem nome a nossa entrega…
Maria João Brito de Sousa – 06.11.2010 – 14.26h
À Poesia