Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

poetaporkedeusker

poetaporkedeusker

UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
31
Mar13

"IRONIC"

Maria João Brito de Sousa

 

(Soneto em decassílabo heróico)

 

 

No substracto inorgânico e espontâneo

Do voo das palavras que não escrevo,

Desvendo muito mais do que o que devo,

Discirno original de sucedâneo,

 

Pressinto a mutação, toco o genoma

Da vida que em mim pulsa ardentemente,

Deponho a frustração nas mãos da mente

E quase me separo do meu "soma"...

 

(...)

 

Não fora - enorme! -  o fluxo migratório

A fazer-me lembrar o rumo inglório

Do povo castigado a que pertenço

 

Talvez eu acabasse acreditando

Que uns versos que não vejo, nem comando,

Fossem fruto daquilo em que nem penso.

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa - 08.03.2013 - 19.00h

 

 

IMAGEM - "Os Retirantes", Portinari

22
Nov12

NAVALHA OBLÍQUA NUM BECO SEM SAÍDA - Em nove sílabas métricas

Maria João Brito de Sousa

É tão crua esta oblíqua navalha

Que apunhala os sentidos da gente,

É tão suja, é tão vil que não falha;

Assassina e… disfarça, inocente!

 

Se debalde lhe foge a canalha

Que afinal lhe foi sempre indiferente,

Ela fixa, encurrala e estraçalha

Cada um dos que em fuga pressente.

 

Mas que importa a navalha cruenta

De um poder que nos quer degolar

Se outra força imperiosa argumenta

 

Numa voz que até mortos sustenta

Pr`a dizer que é morrer ou lutar

E, à navalha, nem sangue a contenta?

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 22.11.2012 – 01.48h

 

 

 

IMAGEM - The Charnel House - Pablo Picasso 1944/45

21
Nov12

MAIS UM PROTESTO - Soneto de nove sílabas métricas

Maria João Brito de Sousa

Mil protestos `spontâneos, mas sábios,

Vêm desde o mais fundo de mim

Sem que os vá “recortar” de alfarrábios,

Sem sonhar se os lerão mesmo assim…

 

Meus protestos são feridas gritadas

Sobre a crosta arrancada dos dias,

A correr, por aí, de mãos dadas

C`o prenúncio do fel de agonias!

 

Sabereis quanta gente aqui morre

Sem ter leito onde encoste a cabeça?

Cuidareis, todos vós, dos “sem nome”?

 

Qual de vós, “milionários”, discorre,

Sem que uma autocensura o impeça,

Sobre o mal desta impúdica fome?

 

 

 

 

Maria João Brito de Sousa – 21.11.2012 – 18.22h

 

 

 

Imagem retirada da net, via Google, sem registo de autor

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em livro

DICIONÁRIO DE RIMAS

DICIONÁRIO DE RIMAS

Links

O MEU SEBO LITERÁRIO - Portal CEN

OS MEUS OUTROS BLOGS

SONETÁRIO

OUTROS POETAS

AVSPE

OUTROS POETAS II

AJUDAR O FÁBIO

OUTROS POETAS III

GALERIA DE TELAS

QUINTA DO SOL

COISAS DOCES...

AO SERVIÇO DA PAZ E DA ÉTICA, PELO PLANETA

ANIMAL

PRENDINHAS

EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

ESCULTURA

CENTRO PAROQUIAL

NOVA ÁGUIA

CENTRO SOCIAL PAROQUIAL

SABER +

CEM PALAVRAS

TEOLOGIZAR

TEATRO

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

FÁBRICA DE HISTÓRIAS

Autores Editora

A AUTORA DESTE BLOG NÃO ACEITA, NEM ACEITARÁ NUNCA, O AO90

AO 90? Não, nem obrigada!