ATÉ QUE O SANGUE ESCORRA, VERMELHINHO - Reedição
"Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos. Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"
Machado de Assis
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ATÉ QUE O SANGUE ESCORRA, VERMELHINHO
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Gosto de cactos verdes e espinhosos,
E até de rosas vaidosas e nobres...
Nos mundos ideais - sonho dos pobres! -
Finto sem medo maciços rochosos,
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Mostrengos gigantescos, tenebrosos,
- dos que não vergarão por mais que os dobres -
E a todos vou metendo em meus alfobres
Transmutados em nuvem, vaporosos...
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Aqui termino o breve devaneio
E assumo que há mostrengos que receio
Ou que as rosas me ferem se algum espinho
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Dos muitos que por vezes manuseio,
Na carne se me crava, mesmo em cheio,
Até que o sangue escorra, vermelhinho.
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Mª João Brito de Sousa
15.05.2022 - 15.50h
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Soneto concebido para um desafio de temas no Horizontes da Poesia