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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
19
Jun23

AMOR E DOR - Trilogia

Maria João Brito de Sousa

amor e dor - Edvard Münch.jpeg

"Amor e Dor", Edvard Munch

 

AMOR E DOR

*

Trilogia

*

AMOR E DOR NAS FALDAS DO ARARATE
*

 

Chegando ao Ararate, Amor e Dor,

Sentaram-se, cansados da jornada.

Olhando o Monte, a Dor ficou sanada

E, de contente, quis curar Amor:
*

 

Repara, Amor, que eu estava bem pior

Antes de iniciar a caminhada,

Que olhei o Monte e foi-se-me a pontada

E sinto despontar força e vigor!
*

 

Vem ver, para que o mal nunca te chegue,

Para que a praga, ao ver-te, se te negue,

E não possa haver peste que te mate!
*

 

Ouviu-a, Amor. Olhou. Perdeu-se olhando.

Voltou sozinha a Dor, de dor chorando

Por se perder de Amor no Ararate.
*


Maria João Brito de Sousa

10.05.2018
***

 

AMOR E DOR II.
*

Amor e Dor, brincando se entrechocam

E enredam-se num fio que acaba em nó...

Até então Amor vivera só

E Dor, lá nas lonjuras que se evocam.
*


Moram juntos agora e, mal se tocam,

Sentem um pelo outro um mesmo dó:

Amor, que era imortal, desfaz-se em pó

E Dor sucumbe à dor que os nós provocam.
*

Nesta paradoxal (des)união,

Sente Amor pela Dor tal compaixão,

Que cega, pra não vê-la sucumbir
*


E Dor, que vendo Amor, o julga são,

Mais se enreda nos nós, mais sem perdão

Se obriga a não deixar Amor partir.
*

Maria João Brito de Sousa

13.05.2018
***

 

AMOR E DOR 

Epílogo
*

Pra rematar a saga, Amor consente

Tomar a Dor por esposa e companheira

E já que sendo ainda inexp`riente,

Não sabe o que é passar a vida inteira
*

 

Lado a lado com Dor, que impenitente,

Inflige a Amor insónias e canseira:

Amor está cego e Dor, sendo inocente,

Não pode pressupor ter feito asneira
*

 

Deu-se este enlace em tempos tão remotos

Que nem posso evocar que estranhos votos

Uniram para sempre este casal
*


Mas garanto que afirmam ser felizes,

Que deram fruto, tiveram petizes

E se amam. Para o bem e para o mal!
*

 

Maria João Brito de Sousa

14.05.2018
***

 

In "... Até a Neve Chorará Num Dia Quente..."

Euedito, 2018
***

 

 

10
Abr21

AMOR E DOR - Trilogia (Em reedição)

Maria João Brito de Sousa

amor e dor 2.jpg

AMOR E DOR NAS FALDAS DO ARARATE
*

Chegando ao Ararate, Amor e Dor,
Sentaram-se, cansados da jornada.
Olhando o Monte, a Dor ficou sarada
E, de contente, quis curar Amor;
*

Repara, Amor, que estava bem pior
Antes de iniciar a caminhada,
Que olhei o Monte e foi-se-me a pontada,
Que sinto despontar força e vigor!
*

Vem ver, para que o mal nunca te chegue,
Para que a praga, ao ver-te, se te negue,
E não possa haver peste que te mate!
*

Ouviu-a, Amor. Olhou. Perdeu-se olhando.
Voltou sozinha Dor, de dor chorando
Por se perder de Amor no Ararate.
*

Maria João Brito de Sousa – 10.05.2018

***

AMOR E DOR II.
*

Amor e Dor, brincando se entre-chocam
E enredam-se num fio que acaba em nó...
Até então Amor vivera só
E Dor, lá nas lonjuras que se evocam.
*

Moram juntos agora e, mal se tocam,
Sentem um pelo outro um mesmo dó;
Amor, que era imortal, desfaz-se em pó
E Dor sucumbe à dor que os nós provocam.
*

Nesta paradoxal (des)união,
Sente Amor, pela Dor, tal compaixão,
Que cega, pra não vê-la sucumbir
*

E Dor, que vendo Amor, o julga são,
Mais se enreda nos nós, mais sem perdão
Se obriga a não deixar Amor partir.
*

Maria João Brito de Sousa – 13.05.2018 – 09.27h
***

AMOR E DOR - Epílogo
*

Pra rematar a saga, Amor consente
Tomar Dor por esposa e companheira
E já que sendo ainda inexp`riente,
Não sabe o que é passar a vida inteira
*

Lado a lado com Dor, que impenitente,
Inflige a Amor insónias e canseira;
Amor está cego e Dor, sendo inocente,
Não pode pressupor ter feito asneira.
*

Deu-se este enlace em tempos tão remotos
Que nem posso evocar que estranhos votos
Uniram para sempre este casal,
*

Mas garanto que afirmam ser felizes,
Que deram fruto, tiveram petizes
E se amam. Para o bem e para o mal!
*

 

Maria João Brito de Sousa – 14.05.2018 – 11.15h
***

 

In "... Até a Neve Chorará Num Dia Quente...", Euedito, 2018

 

Imagem - "Amor e Dor", Edvard Munch

14
Mai18

AMOR E DOR - Epílogo

Maria João Brito de Sousa

AMOR E DOR - Edvard Münch.jpg

 



AMOR E DOR - Epílogo



Pra rematar a saga, Amor consente

Tomar a Dor por esposa e companheira.

Amor, que nunca foi muito prudente,

Não sabe o que é passar a vida inteira



Lado a lado com Dor, que impenitente,

Inflige a Amor insónias e canseira.

Amor está cego e a Dor, sendo inocente,

Nem pode pressupor ter feito asneira.



Deu-se este enlace em tempos tão remotos

Que nem posso evocar que estranhos votos

Uniram para sempre este casal,



Mas garanto que afirmam ser felizes,

Que deram fruto, tiveram petizes

E se amam. Para o bem e para o mal!







Maria João Brito de Sousa – 14.05.2018 – 11.15h

 

 

Imagem - AMOR E DOR, Edvard Münch

 

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