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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
12
Out08

O CULTIVO DAS ROSAS

Maria João Brito de Sousa

 

O CULTIVO DAS ROSAS

 

 

Sou filha-de-ninguém no dia a dia

Mas trago o sangue bom dos meus avós

E mesmo nada tendo, tenho voz

(desculpem-me a vaidade, a ousadia...)

 

Sou filha-de-ninguém, mas sou poeta!

Canto o  passar das horas neste mundo

E, enquanto cantar, não vou ao fundo,

É esta a minha glória mais secreta...

 

Eu, filha-de-ninguém, protejo a vida,

Encontro-me onde a sorte foi perdida,

Saboreio, ao segundo, a caminhada,

 

Dou tudo o que em mim há, sou generosa,

Acredito no "ser", cultivo a rosa

Que vos alegra e não vos pede nada

 

II

 

Cultivo a minha rosa à luz da lua.

O sol nem sempre vem, nem sempre aquece...

Cultivo a rosa e a rosa não se esquece,

Responde: - És de ninguém? Que sorte a tua!

 

Nós, filhos-de-ninguém, criamos laços

E agradamos (ou não...) a toda a gente,

Mas trazemos connosco esta semente

Que transforma um olhar em mil abraços

 

Temos picos, é certo, e quantas vezes

Usamos, sem pensar, essas defesas

Pra preservar a nossa própria vida...

 

Dá-nos o mundo amor, dá-nos revezes,

Faz de nós predador`s ou faz-nos presas,

Mas nunca de alma fraca e já vencida

*

 

 

Maria João Brito de Sousa - Outubro 2008

 

 

À Natália Correia

 

À Joanina

 

À Azoriana, pela açorianidade e pelo nome da rosa

04
Abr08

AMAR É...

Maria João Brito de Sousa

 

 

Amar é estar em paz, acreditar...

É ser gato e mulher e planta em flor!

Mais do que ter amor é Ser-se amor

E nesse amor florir, frutificar...

.

É ter dentro de nós a terra, o mar,

É pintar um poema em cada cor,

É poder consolar quem sinta dor,

Semear um sorriso em quem chorar...

 

É saber aceitar, em vida, a morte,

Sem medo e sem a sombra da revolta

E, equilibrando os pratos do destino,

 

É vislumbrar, ao longe, um fio de sorte,

E agarrar, desse fio, a ponta solta

De tudo o que em nós há de mais divino...

 

 

Maria João Brito de Sousa - 04.04.2008 - 11.53h

 

 

 

Soneto especialmente dedicado à Poeta de Domingos, que ontem me lançou o repto, e ao meu amigo Sonhosolitario.

 

Fotografia gentilmente "roubada" à Associação ANIMAL que luta por quem, como nós, sente e ama, mas não pode fazer valer o seu direito à vida.

 

27
Mar08

DIÁLOGO (A "SOLO"...)

Maria João Brito de Sousa

 

Sobra-me, de mim mesma, um ego e meio,

Mil coisas que volitam por aí

E neste "transbordar" sinto-me, aqui,

Ao comparar-me a vós, "patinho-feio"...

 

Transposta esta barreira, o que granjeio

É a amizade de quem nunca vi

Neste "prémio" a que, em tempos, concorri;

Desvendar-me em poemas, sem receio...

 

Sobra-me, em cada abraço, o vosso aplauso,

Se mão que me estendeis é sempre amiga

E se acende a palavra a arder em mim...

 

Perdão, se alguns incómodos vos causo;

Sois vós quem me alimenta e quem me abriga

E é por vós que, afinal, eu escrevo assim...

 

 

Maria João Brito de Sousa - 27.03.2008 - 08.16h

 

(Na estação dos CTT, aguardando a vez da minha senha...)

 

NOTA - Sei perfeitamente quão mal pode soar este título. Na realidade, um "diálogo a solo" é um perfeito disparate, deveria ter escrito "Monólogo", mas... foi um disparate muitíssimo propositado e intencional...

Nesta minha viagem reformulativa até aos meus primeiros sonetos, tenho-me apercebido de que parti sempre do princípio que os hipotéticos leitores estariam familiarizados com a total liberdade conceptual que a poesia confere ao poeta, bem como com o facto de nem sempre o narrador coincidir com o sujeito poético. 

 

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