Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores.
...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
Não te deixes levar – nunca te iludas! – Pela promessa vã de um sonho vago, Por pérfida carícia em breve afago Na amorfa mansidão das queixas mudas.
Que as setas que lançares sejam agudas, Que zunam, que penetrem, causem estrago E possam, tal e qual como as que trago, Furar sem desdenhar de entreajudas.
Resguarda-te do mal. Quando o enfrentas, Não fujas dele, foge do que inventas, Que aqui há mal de sobra… e sobram mil!
Que das setas que lanças, quando o tentas, Brotem, mais uma vez, justas, sedentas E vivas, as razões pr`amores... de Abril!
Peço desculpa por me não identificar. Muito provavelmente nem deveria estar a fazer isto, mas senti que seria importante divulgar esta mensagem. Talvez me tentem descobrir através do IP, por isso serei breve. Estou aqui porque a mulher que criou este blog foi, ontem à tarde, detida para averiguações. Sei-o porque presenciei tudo, escondido atrás de uma sebe que ninguém se lembrou de sacudir.
Ao que parece, a mulher publicou um artigo no http://contra-sensual.blogs.sapo.pt/ que funcionou como elemento catalisador da detenção. Pelo que me foi dado entender, a mulher era alvo de um cuidadoso estudo por parte da PIDE e só não fora ainda detida por se não terem encontrado provas que consubstanciassem as suspeitas. O último post foi, no entanto, considerado subversivo e capaz induzir comportamentos desviantes.
Vi-a ser abordada por três agentes, mas não a ouvi abrir a boca a não ser para dizer que alguém teria de cuidar dos seus animais. Esta postura valeu-lhe dois valentes bofetões a que não reagiu minimamente senão para reiterar a afirmação. Foi nesse momento que um dos agentes a empurrou para dentro de um automóvel de matrícula ilegível, que partiu de imediato.
Muitos não me acreditarão. Muitos continuarão a não me acreditar daqui a muitos anos, quando tudo isto for olhado como um pesadelo que já passou.
De qualquer forma a mensagem fica.
Temo ter-me excedido no tempo que me pode restar online. Lamento não poder dar mais informações sobre o assunto e só tenho pena de não ter a chave para poder ir tratar dos seus animais.
Desculpem-me o amadorismo do improviso, mas estou mesmo sem tempo e, tal como o "misterioso narrador", achei que o mais importante seria fazer passar a mensagem...
EM REEDIÇÃO DE POST - Não tive tempo - e agora sou eu mesma a narradora - para publicar o post de hoje, mas estes cãezinhos cuja imagem não consigo publicar mas que irão encontrar no http://araujo.wordpress.com/2010/04/10/procuram-novo-lar/scooby/, têm uma "deadline" literal que acaba no dia 5 de Maio. Se não puderem ficar com um - ou todos... - divulguem o mais rapidamernte possível.
Deixo-vos este pedido e um soneto que foi publicado em pré-datação e que só estará visível na manhã do dia 25 de Abril.