NAUFRÁGIO... OU TALVEZ NÃO...
P`ra onde me encaminho, nunca o sei...
Perdi a minha bússola no mar!
Talvez um dia a volte a encontrar...
Qu`importa o que perdi, se o não paguei?
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É transparente, o mar onde encontrei
A bússola que não quisera achar...
P`ra que quero um ponteiro de apontar
Um mar que tantas vezes naveguei?
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A Jangada-de-Acasos não tem rumo,
É ela o meu destino, o meu caminho,
Flutua porque é feita de ilusões...
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De terra alguém me faz sinais de fumo...
Fecho os olhos! Não vejo! Sou ceguinho!
Amparai-me, ó sereias e tritões!
Maria João Brito de Sousa -25.02.2008
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Para o Poeta António de Sousa, por ser uma perfeita metáfora da sua vida nos últimos anos... e porque, na sua colossal ironia, o poderia ter escrito.
Oeiras, 25 de Fevereiro de 2008 - 16.53h