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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
13
Jun11

O DIPLOMA E O PRÉMIO - V CONCURSO POESIA EM REDE

Maria João Brito de Sousa

 

Nasceu-me, hoje, um soneto descuidado,

Fazendo ouvidos moucos à razão,

E todos vão pensar que veio em vão

Pois jamais gostará do nosso Fado

 

Mas o que aconteceu foi que, o estouvado,

Não sabendo fingir, nem dizer “não”,

Mal ouve os mil acordes da canção

Corre a abraçar-se a ela, alvoroçado…

 

Coitado do soneto… apaixonou-se

Por um fado qualquer que então passava

Nos lábios de um fadista, nas vielas,

 

E nem sabe dizer quem foi que o trouxe,

Que guitarra, trinando, assim chamava,

Que estranhas vibrações foram aquelas…

 

Maria João Brito de Sousa – 21.01.2011 – 19.01h

 


03
Jan11

SONETO QUE SE PREZE...

Maria João Brito de Sousa

 

Soneto que se preze deve ter

As dez - ou doze - sílabas marcadas

Por tónicas bem fortes, rodeadas

Por átonas que mal se devem ler.

 

Assim é o soneto e se eu quiser

Simplificá-lo mais, fazendo quadras,

É só cortar as sílabas citadas

Até que fiquem sete pr`a escrever…

 

Terá, então, nascido um “sonetilho”

Todo embebido em musicalidade,

Gracioso como todos eles o são,

 

Do clássico soneto, amado filho

E herdeiro dessa mesma qualidade

De soar tal e qual como canção…

 

 

Maria João Brito de Sousa – 01.01.2011 -12.56h

 

 

 

 

SONETO – Composição poética de catorze versos, dispostos em dois quartetos e dois tercetos…//…

Enc. Liter. – O soneto é de origem muito incerta. Uns atribuem a sua invenção aos trovadores provençais, outros a Petrarca, o qual foi, pelo menos, seu vulgarizador na Itália.

Cultivado com entusiasmo pelos poetas do Renascimento, a sua estrutura foi inserida em Portugal por Sá de Miranda. No séc. XVI, além deste poeta, trabalharam o soneto, Camões, que os fez avultar na sua obra lírica, o Dr. António Ferreira e Frei Agostinho da Cruz; no séc. XVII, Francisco Rodrigues Lobo e D. Francisco Manuel de Melo.

No séc XVIII, sobressaiu Bocage nesse género poético; os seus sonetos, perfeitos na técnica e na forma, rivalizam com os melhores de Camões.

Alguns poetas da nossa antiga colónia do Brasil, também brilharam no soneto durante essa época, merecendo menção especial Cláudio Manuel da Costa, que pertenceu à famosa Escola Mineira.

No séc, XIX, o maior sonetista, pela perfeição da forma e pela “elevação”, foi Antero de Quental, mas cultivaram esse género com êxito, João de Deus, Gonçalves Crespo, António Nobre, António Feijó, João Penha, Duarte de Almeida, Guerra Junqueiro, Eugénio de Castro, António Sardinha, Júlio Dantas, etc. e, no Brasil, Raimundo Correia, Olavo Bilac, etc.

O soneto regular é formado por quatro estâncias;

Duas quadras e dois tercetos. Os oito versos das quadras devem obedecer a duas rimas, mas tanto pode rimar o primeiro verso com o quarto e o segundo com o terceiro, como pode rimar o primeiro com o terceiro e o segundo com o quarto.

Os dois primeiros versos de cada terceto, rimam entre si e o último com o verso final, mas admitem-se outras variáveis desde que mantida uma unidade melódica.(1)

Uma regra, talvez excessiva, estabelece que cada quadra e cada terceto devem ter um sentido completo. A maior parte dos poetas, porém, ligam as quadras e os tercetos um período harmonioso e separam apenas a passagem de uma estância a outra por uma ligeira pausa.

O último verso deve exprimir um pensamento nobre,

delicado ou engenhoso que encante o espírito ou leve o leitor à reflexão.(2)

É costume caracterizar assim um bom soneto;

Deve abrir com Chave de Prata e fechar com Chave de Ouro.

Os sonetos escrevem-se em versos Decassílabos mas modernamente, já se encontram muitos em verso Alexandrino – doze sílabas métricas (3)

 

 

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO LELLO UNIVERSAL

 

1, 2, 3 – Notas pessoais acrescentadas à transcrição

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