01
Nov21
SONETO FANTASMA
Maria João Brito de Sousa
SONETO FANTASMA
*
Da memória do signo renascido
Venho agora por trilhas de mistério
Espalhar este meu sal de deus perdido
Que em tempos sonhou ser um deus a sério.
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Se te fizer sentido, faz sentido,
Se te não faz sentido eu ser etéreo
Serei um deus em cacos destruído,
Caído, como cai qualquer império.
*
Não sei bem se estou morto ou se estou vivo,
Se sou, ou não, impulso criativo
Que recusou a morte e que prossegue.
*
Vigio-vos ainda, inda vos prendo
A tudo o que analiso e compreendo;
Vivo de ir assombrando o que me negue!
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Mª João Brito de Sousa - 01.11.2021 -09.30h
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Sonetos da Matrix