26
Mar15
SONETO DO MAL MENOR
Maria João Brito de Sousa
(Em decassílabo heróico)
Dá-me o ramo das rosas perdulárias
comprado na florista já esquecida,
armado no “bouquet” morto e sem vida
das almas condenadas, solitárias...
Dá-me uma – mais serão desnecessárias...-
no ramo em que a chorei, porque, à partida,
lhe condeno a razão de ser colhida,
deixando, na raiz, funções tão várias,
Juro que não protesto... e mais não digo!
Hoje perco a raiz, enfrento o p`rigo
e estou pronta a render-me sem chorar,
Se o derradeiro golpe, esse inimigo
que me arranca do mundo em que me abrigo,
me degolar, de vez, sem me magoar.
Maria João Brito de Sousa – 26.03.2015- 15.08h