30
Set18
SONETO-DEDICATÓRIA
Maria João Brito de Sousa
SONETO-DEDICATÓRIA
*
Terçando as armas que deixei pra trás,
revivalista fui, por um instante,
de um passado tão morto e tão distante
quanto o meu espanto vão, de tão fugaz.
*
Perdido o espanto, nada já me apraz,
mas se arma e sonho fossem a constante
da luta que esta vida leva avante,
então talvez... talvez morresse em paz.
*
Volto ao revivalismo abandonado,
embora velha, embora enfraquecida,
ergo o punho bem alto, bem cerrado,
*
E quem fica pra trás morta e vencida,
não é o sonho nunca conquistado,
é a derrota, nunca consentida!
*
Maria João Brito de Sousa – 30.09.2018 – 12.15h
Imagem - Tela de Pablo Picasso