20
Mai25
SONETO - 8
Maria João Brito de Sousa
SONETO - 8
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Pra que amanhã do luto nasça a luta,
Rego os cravos vermelhos que secaram
Renego os deuses que me desprezaram
E transformo a fraqueza em força bruta
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Inda que irresolvida, resoluta,
Cuspo nessoutros que os cravos pisaram
E sobrevivo a quantas dor´s me varam
Assim que as mãos retornam à labuta
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Revejo-me nos cravos que resistem:
Inda que em solo hostil estejam plantados
Jamais se vergarão aos que os conquistem
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Rompem mordaças, quebram cadeados,
Derrubam muros, mesmo os que inexistem,
E desabrocham quando espezinhados.
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Mª João Brito de Sousa
20.05.2025 - 00.05h
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Sonetos da Contagem Decrescente