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Jul19
SOMBRAS E CAMUFLAGENS
Maria João Brito de Sousa
SOMBRAS E CAMUFLAGENS
*
Do que deixar por erros poluído,
Farei sempre triagem rigorosa,
Revendo o conteúdo e o sentido
De cada verso ou cada frase em prosa,
*
Não vá passar-me, assim, despercebido,
O espinho traiçoeiro, em vez da rosa...
Mas sempre escapa algum, meio escondido
Em frase de aparência mais viçosa.
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Disso não tendo culpa, culpa tenho
De me não desculpar se vos arranho
Com espinhos que escaparam sem que os visse,
*
Mas são meu olhos sombras dos de antanho
Que viam erros do menor tamanho
Que alguém, sem dar por isso, produzisse.
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Maria João Brito de Sousa – 16.07.2019 – 11.15h
Imagem retirada daqui