SILÊNCIO BRANCO
SILÊNCIO BRANCO
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Quando um branco silêncio estende as asas
Sobre esta nossa imensa pequenez
Ou entra subreptício em nossas casas
Sem dar a conhecer os seus porquês
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E tendo a dimensão das ondas rasas
Inteiro te fascina mal o vês,
Pois deixas que a mudez inunde as vazas
Desse pouco em que crês que não descrês,
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Do branco espanto nasce a melodia
E, em torno dela, o mais se silencia...
Proteste quem julgar que aqui divago
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Ou que afirmo o que nunca afirmaria
A quem possa entender que nada cria
A partir da mudez de um branco lago.
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Maria João Brito de Sousa – 30.05.2019 – 08.30h
A Jack London
Imagem retirada daqui