02
Abr17
SENTIR COMIGO...
Maria João Brito de Sousa
Foi na lagoa límpida e brilhante
Dos teus doirados olhos, companheiro,
Que vi passar-se um lustro todo inteiro
No reduzido espaço de um instante
E foi sentindo o teu sentir constante
Que até ao teu momento derradeiro
Soube profundamente verdadeiro
Esse teu ser que alguém jurou distante...
Ninguém sonhou sequer saber-te assim
E mais ninguém soube entender-me a mim
Como tu me entendeste, velho amigo,
Pois não é fácil ser-se, até ao fim,
Límpido como um lago de jardim
E, nessa limpidez, sentir comigo...
Maria João Brito de Sousa - 01.04.2017 -12.32h
Ao meu gato, Sigmund Freud