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Mar23
QUIMERA - Reedição
Maria João Brito de Sousa
QUIMERA
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Trouxe-te a noite em asas de poema,
Levou-te uma manhã sem coração:
Foi-te a vida fugaz como ilusão
Mas deixou-me a saudade imensa, eterna...
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Se tudo o que vivemos vale a pena
Teria o teu percurso sido vão?
Meu menino, eu sei lá por que razão
Te concederam vida tão pequena!
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Mas se, apesar de tudo, ainda vives
Se a alma pequenina que tu és
Ganhou as asas de anjo que sonhei
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Então existo menos do que existes:
Sou barro em que repousam os teus pés
Velando uma quimera que engendrei.
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Maria João Brito de Sousa
04.02.2008 - 03.30h
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