PREÇOS
PREÇOS...
*
Que força tinha na ponta dos dedos!
Que firmeza e que humana lucidez
No quanto dissertou daquela vez
Em que evocou a vida e seus segredos...
*
Ah! Tudo quanto fez, fê-lo sem medos,
Nem sonhando que houvesse insensatez
Que confrontasse o tanto que então fez
E ousasse condená-lo a tais degredos.
*
Escreveu, tão só escreveu, nunca sonhou
Quanto iria custar-lhe o que criou
Ou quanto o não pensou quem deveria
*
E agora, amigos meus, nem sequer cria
Por culpa desse instante em que voou
E, depois, ao silêncio o condenou.
*
Maria João Brito de Sousa - Março, 2016
*
In A CEIA DO POETA (inédito)
*
Trabalho ligeiramente reformulado